Norma entrou em vigor no território na noite de ontem; manifestantes foram punidos por tentar reclamar da regra
Parece que, diferentemente do que prega a mídia controlada pelo Partido Comunista Chinês, o povo de Hong Kong não está satisfeito com a lei de segurança nacional. Definida por Pequim sobre o governo local, a regra entrou em vigor na noite de ontem, terça-feira 30 de junho, e já fez com que mais de 300 pessoas fossem detidas na Região Administrativa Especial (RAE).
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Nesta quarta-feira, 1º de julho, milhares de pessoas foram às ruas no bairro Causeway Bay, importante centro comercial de Hong Kong, para protestar contra a nova lei. E, por isso, sentiram o poder da norma recém-aprovada. De acordo com agências internacionais, os manifestantes foram alvo de disparos de balas de borracha e jatos d’água. Além disso, as mais de 300 prisões tiveram, oficialmente, como motivo acusações como prática de manifestação ilegal e… violação da nova lei de segurança nacional.
Regras
Com determinações vagas, a lei de segurança nacional em vigor em Hong Kong define como ameaça à China atos interpretados como:
- Separação (por exemplo, clamar pela independência da RAE);
- Subversão;
- Organização e realização de atos terroristas;
- Conluio com outras nações ou agentes de fora da China.
Além disso, o Partido Comunista Chinês pode ter em Hong Kong uma agência de segurança. Quem for condenado com base na lei recém-criada poderá ser enviado à China continental — fora da jurisdição do governo da RAE, cada vez com menos status de “região especial”. Consequentemente, poderá ser punido até com prisão perpétua.
Reclamação
Identificando-se como ativista da democracia, Joshua Wong já havia demonstrado sua insatisfação com a questão em maio, durante entrevista exclusiva a Oeste. Na ocasião, ele clamou por apoio de países e entidades internacionais. Disse ainda que os protestos contra a lei iriam seguir pelo território. Contudo, as manifestações em Hong Kong podem resultar em mais prisões.
“Autoridades chinesas têm o direito de prender qualquer pessoa”
Agora, diante da implementação da lei, Wong reclamou novamente. Por meio de postagem no Twitter, o líder honconguês falou em “crime” praticado por Pequim. “As autoridades chinesas têm o direito de prender qualquer pessoa do mundo, mesmo que você não seja cidadão de Hong Kong nem chinês”, afirmou o ativista. “Elas têm o direito de prendê-lo se você violar a ‘Lei de Segurança Chinesa’ que entendemos como crime [contra a liberdade de] expressão”, complementou.
The Chinese authorities have the right to arrest anyone from all over the world even you're neither HK citizens nor Chinese, they have the right to arrest you if you violate the "Chinese Security Law" that we understand as the speech crime. pic.twitter.com/xLDGxATtgs
— Joshua Wong 黃之鋒 😷 (@joshuawongcf) July 1, 2020
O.mundo livre precisa pressionar mais vigorosamente a China. Além.do vírus a ditadura chinesa estar a destruindo Hong Kong em.pouco tempo. Não s países do mundo livre que o dinheiro chinês os faça calar ou ceder. Que o Brasil.mostre altivez e apreço pela liberdade