Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Zhejiang, na China, em parceria com a Universidade de Edimburgo, na Escócia, descobriram que a incidência de câncer em pessoas com menos de 50 anos aumentou em 79%.
De 1990 a 2019, o número de vítimas da doença teve uma alta de 1,82 milhão para 3,26 milhões.
De acordo com a revista científica BMJ Oncology, as mortes ocasionadas pela doença em pessoas com menos de 50 anos cresceram 27%. O resultado representa um total de mais de 1 milhão de mortes anualmente.
O estudo conjunto das universidades da Escócia e da China não são os primeiros a mostrar o aumento de câncer em pessoas com menos de 50 anos.
O jornal britânico The Guardian relembrou que a Universidade Harvard (Estados Unidos), em 2022, realizou uma análise que coletou os registros da doença em 44 países.
A pesquisa concluiu que a incidência de câncer que afeta as vítimas precocemente está crescendo em 14 tipos diferentes da doença, com índices maiores em países com economias em desenvolvimento ou desenvolvidas.
O mais novo estudo, de 2023, revelou que as maiores taxas de incidência de câncer em pessoas com menos de 50 anos ocorreram na América do Sul, na Oceania e na Europa Ocidental.
As causas do aumento de câncer em pessoas com menos de 50 anos ainda não estão claras
Em ambas as pesquisas, publicadas em 2022 e 2023, os cientistas sugeriram que o aumento de câncer em indivíduos com menos de 50 anos está relacionado a hábitos ruins e a fatores de risco.
Segundo os pesquisadores, alguns destes fatores a comunidade científica conhece. Outros, porém, eles precisam investigar com mais profundidade.
Fatores de risco como obesidade, sedentarismo, diabete, consumo de álcool, tabagismo, poluição ambiental, dietas ricas em carne vermelha e açúcar estão relacionados ao câncer, assim como longos turnos de trabalho seguidos e uma noite de sono sem qualidade.
Os especialistas ainda acreditam que os alimentos ultraprocessados têm parcela de culpa.