Os preços mais baixos dos combustíveis causaram uma queda inesperada na inflação britânica em agosto, de acordo com dados oficiais divulgados nesta quarta-feira, 14, pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação britânica, ficou em 9,9%, ante 10,1% registrados em julho.
De acordo com o ONS, a redução no preço dos combustíveis para automóveis teve a maior contribuição na desaceleração da inflação, enquanto alimentos e bebidas não alcoólicas foram os principais responsáveis por puxar a taxa para cima.
Esta foi a primeira queda na taxa desde setembro de 2021. Economistas, em uma pesquisa encomendada pela Agência Reuters, acreditavam que a taxa em agosto subiria para 10,2%.
Apesar da queda neste mês, os economistas observam uma tendência de alta para os próximos meses, o que deverá fazer com que o Banco Central do Reino Unido eleve as taxas de juros. “A inflação geral e o núcleo da inflação ao consumidor do Reino Unido ainda não atingiram o pico”, disse Paul Dales, economista-chefe da consultoria Capital Economics.
No começo de agosto, o Banco Central elevou a taxa de juros para 1,75%, a maior desde 1995. Uma reunião da instituição seria realizada nesta quinta-feira 15, para discutir um novo aumento, mas foi adiada em razão da morte da rainha Elizabeth II.
A inflação britânica é uma das mais altas entre as sete maiores economias do mundo, sendo superada, porém, por Espanha e Holanda, com taxas de 10,3% e 13,6%, respectivamente, em agosto. Na União Europeia, a inflação também atingiu recorde em agosto, de 9,1%.