O coronel Hassan Sayad Khodayari, integrante da Guarda Revolucionária do Irã (IGRC), foi assassinado neste domingo, 22, em Teerã. O militar foi alvo de motociclistas, que o abordaram em frente à sua casa e fizeram vários disparos. As autoridades do país ainda buscam os responsáveis.
A IRGC qualificou o assassinato como “um ato terrorista da contrarrevolução, relacionado à arrogância global” (termo frequentemente usado para se referir aos Estados Unidos e ao Estado de Israel). Khodayari, envolvido em planos de ataques contra judeus e israelenses em todo o mundo, operava na Síria.
Em novembro de 2020, o principal cientista nuclear militar do Irã, Mohsen Fakhrizadeh, foi assassinado em Teerã. Ele foi alvo de um ataque que as autoridades iranianas atribuem a Israel.
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O que é a IRGC
A Guarda Revolucionária do Irã foi criada em abril de 1979, logo depois da Revolução Islâmica. Esse evento culminou na derrubada de Mohammad Reza Shah Pahlavi, o monarca iraniano pró-Ocidente. O objetivo da organização, segundo o falecido líder supremo Aiatolá Khomeini, é proteger o sistema islâmico e os valores revolucionários do país.
“Em princípio, o Estado iraniano poderia se reformar de maneiras diferentes daquelas estabelecidas pela revolução, apesar das muitas garantias constitucionais de Khomeini”, disse Brad Batty, ex-conselheiro militar dos Estados Unidos, ao portal Ground Report. “Na prática, o IRGC está lá para garantir que isso nunca aconteça. O povo do Irã pode querer o que quiser, mas deve viver sob o terror da IRGC.”
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Não posso dizer que vou chorar por ele.