O Irã condenou a ativista Narges Mohammadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, a um ano de prisão por propaganda contra o Estado. A informação foi divulgada por seu advogado, Mostafa Nili, nesta terça-feira, 18, por meio do Twitter/X.
A ativista, de 52 anos, está detida desde novembro de 2021. Ela enfrentou várias condenações nos últimos 25 anos por suas campanhas.
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Narges se recusou a participar do novo julgamento, em 8 de junho, depois de seu pedido para que fosse público ter sido negado. Nili afirmou que sua cliente foi processada por comentários relacionados à jornalista Dina Ghalibaf, que também foi presa, e ao boicote às eleições parlamentares de março. A ativista denunciou uma “guerra em grande escala contra as mulheres” em mensagem de áudio.
Governo do Irã prendeu Narges Mohammadi pela primeira vez em 2011
Nos anos 1990, enquanto estudava física, Narges começou a se envolver com causas sociais. Em 2003, ingressou no Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Teerã, fundado pela Nobel Shirin Ebadi. Em 2011, foi presa pela primeira vez por apoiar ativistas detidos e suas famílias. De lá para cá, foi condenada várias vezes por campanhas contra a pena de morte e a violência sexual e tortura.
Na prisão, expressou apoio aos manifestantes de 2022, que protestaram depois da morte de Mahsa Amini, que se opôs à obrigatoriedade do hijab — vestimenta da doutrina islâmica. O regime iraniano prendeu Narges 13 vezes. Ela foi condenada a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.
O Moraes vai adorar a ideia das chibatadas…
A pergunta inevitável as feministas estão caladas por qual razão?