O Irã utilizou o ataque ao Hospital Ahli Arab, em Gaza, para culpar Israel, conforme postagem do ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir Abdollahian, no Twitter/X. Diante do bombardeio ocorrido na terça-feira 17, ele pediu um embargo de petróleo para pressionar o governo israelense, mantendo uma retórica de ameaças.
No conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o Irã tem se mostrado cada vez mais presente. Além do apoio logístico ao Hamas, o país tem uma forte ligação com o Hezbollah, outro grupo terrorista com base no Líbano.
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O ministro do Irã, considerado um dos países que mais violam os direitos humanos no mundo, afirmou que houve um “massacre de mulheres e crianças inocentes” na unidade de saúde.
Israel, no entanto, apresentou um vídeo no qual mostra que o míssil que atingiu o hospital não foi lançado pelo país, mas veio do lado de Gaza.
“Chegou a hora da unidade global da humanidade contra esse falso regime mais odiado que o Isis (Estado Islâmico, na sigla em inglês) e a sua máquina de matar”, afirmou o ministro iraniano.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, órgão administrado pelo grupo terrorista, pelo menos 500 pessoas morreram no ataque.
Amir Abdollahian acabou de retornar de uma viagem à Síria e ao Líbano, em que se reuniu com líderes do Hezbollah.
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O Irã insiste em manter um discurso belicoso, ao mesmo tempo em que garante não ter influência nos ataques terroristas.
Mas não perde a oportunidade de insuflar o mundo com ameaças de guerra. Quando retornou do encontro com líderes do Hezbollah, por exemplo, Abdollahian afirmou que “múltiplas frentes seriam abertas contra Israel se os ataques do país continuassem a matar civis”.
Irã pede que árabes realizem um embargo de petróleo
Nesta quarta-feira, 18, o ministro iraniano conclamou os membros da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) a fazerem um embargo ao petróleo e expulsar todos os embaixadores israelenses.
O petróleo, aliás, sempre foi um instrumento de barganha de alguns países árabes na tentativa de isolar Israel. Depois da Guerra do Yom Kipur, por exemplo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a oferta para que o preço da commodity subisse consideravelmente, o que ocorreu.
Na atual crise, a alta também tem ocorrido. Os preços futuros do brent subiram cerca de 3% na manhã desta quarta-feira, negociados perto de US$ 93 o barril.
O bombardeio ao hospital fez os líderes da Jordânia, do Egito e da Autoridade Palestina cancelarem uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também como forma de pressão a Israel. Biden chegou a Israel na manhã desta quarta-feira.
O embargo do petróleo em 1973 começou assim.
Mas os Xiitas não são maioria. Ne os Palestinos o são.
Corrijam a matéria: sabe-se hoje (um dia depois) que não houve ataque nem bombardeio nenhum.