Os ataques do Hamas contra Israel, neste sábado, 7, tiveram o apoio do governo iraniano, segundo uma importante fonte de informações do Exército em Israel, Sarit Zehavi.
“Isso não é somente um ataque terrorista — é uma guerra, iniciada por organizações terroristas que recebem ordens do regime terrorista do Irã”, afirma Zehavi, CEO da Alma Research and Education Center, em entrevista a Oeste. “O Irã está por trás desses ataques.”
Muitas das informações da Alma, um centro de análises estratégicas que atua naquele país, dão suporte para ações do Exército de Defesa de Israel (IDF).
Rahim Safavi, conselheiro de autoridade máxima iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, comemorou os ataques e afirmou que Teerã estará ao lado dos palestinos “até a libertação de Jerusalém”.
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Zehavi atuou por 15 anos no IDF e hoje é tenente-coronel da reserva. Ela escreve documentos de posição e atualizações com foco nos desafios de segurança nacional de Israel em relação ao Líbano e à Síria. Zehavi afirma que ainda é cedo para falar em uma guerra direta entre Israel e Irã. No entanto, não descarta essa possibilidade.
O que falta, segundo a tenente-coronel, é um casus belli clássico (motivo claro para guerra), com o Irã atacando diretamente Israel. E o regime iraniano tem preferido, conforme ela diz, atuar na guerra, mas sem se expor a ataques diretos.
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“Para isso [uma guerra com o Irã] acontecer, o terrorismo deveria ter vindo do Irã propriamente, ou da Guarda Revolucionária Iraniana pelo mar, terra ou ar”, disse. “Isso não vejo ainda, já que os iranianos têm aliados suficientes no local de origem do conflito, que podem lutar contra a gente. Por que, então, o Irã iria lutar diretamente?”
Desde a Revolução Islâmica, em 1979, as relações do Irã com Israel passaram a ser de hostilidade. Até então, por décadas, havia laços diplomáticos, sob o regime de Xá Reza Pahlevi, que foi deposto na revolução. Havia inclusive voos diretos entre Tel Aviv e Teerã.
Liderado pelo Aiatolá Khomeini, o Irã se tornou inimigo declarado de Israel. Todos os seus presidentes de lá para cá mantiveram um discurso bélico contra o país judaico e o Ocidente.
A situação colocou a Europa, os Estados Unidos e Israel em estado de alerta, em relação às intenções iranianas de desenvolver uma arma nuclear.
A retórica de acusações fabricada pelos regimes iranianos foi um pretexto para o país ampliar sua influência entre grupos e regimes hostis a Israel.
Atualmente, fontes militares de Israel garantem que o Irã fornece permanente apoio e equipamentos ao Hamas e ao Hezbollah, grupos terroristas islâmicos.
Além disso, durante a guerra na Síria, infiltrou-se em território sírio. E, com o apoio do governo local, sua guarda treinou militantes e ajudou a organizar ataques a Israel desde as fronteiras.
Lula e a amizade com o Irã
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se mostrado um aliado incondicional do Irã. Fez questão de trabalhar com intensidade para incluir o Irã nos Brics.
O presidente afirmou, em agosto, durante reunião do bloco, que deseja ampliar relações comerciais com o país.
Durante seu primeiro mandato, Lula, que não costuma cobrar o Irã em relação ao desrespeito aos direitos humanos no país, manteve ótimas relações com o então presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Na época, o iraniano deu pesadas declarações negando o Holocausto.
Ataques a Israel
Neste sábado, ataques ocorreram principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados, ao mesmo tempo que invasores entraram por terra em Israel e atacaram a população.
O grupo Hamas reivindicou a autoria e afirmou se tratar do início de uma recuperação de território. A imprensa local afirma que serviços de emergência já confirmaram a morte de pelo menos 348 pessoas, 150 em Israel, nos ataques que provocaram o conflito, e 198 na Faixa de Gaza, em virtude da retaliação de Israel.
Já que o Lule adora tanto viajar e é amigão dos terroristas, poderia fazer um tour lá na Faixa de Gaza,
E agora lula? Como fica tudo isso para quem não é um anão diplomático, apenas um bobo diplomático?