Na manhã deste sábado, 7, milhares de israelenses acordaram com o som dos mísseis disparados pelo Hamas. Casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais localizados no sul do país estão em chamas. Em resposta ao ataque do grupo terrorista islâmico, que deixou pelo menos 22 mortos, o Estado de Israel declarou estado de guerra.
A ofensiva começou por volta das 6h30, no sabá judaico e na manhã de um festival — o último da série de feriados.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu país reagirá aos atentados terroristas. Em virtude da gravidade dos ataques, o governo ordenou a convocação de reservistas e garantiu que o Hamas “pagará um preço sem precedentes”.
“Estamos em guerra”, disse Netanyahu, ao lembrar que Israel foi alvo de 5 mil mísseis nesta manhã. “Esta não é uma operação simples.”
A ofensiva se sustenta por meio da infiltração de palestinos em cidades israelenses e por meio do disparo de mísseis desde a Faixa de Gaza. De acordo com as Forças Armadas de Israel, os extremistas organizaram ataques por mar e ar, inclusive com o uso de parapentes.
O comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, anunciou os ataques terroristas através dos meios de comunicação palestinos. “Este é o dia da maior batalha, para acabar com a última ocupação na Terra”, disse, ao pedir apoio de extremistas de todo o mundo. Logo depois do anúncio, moradores de Gaza correram para os mercados para comprar alimentos.
A imprensa palestina informou que o Hamas sequestrou diversos israelenses e os transformou em prisioneiros. As cenas de barbárie contra os reféns abundam nas redes sociais.
“Fazemos parte desta batalha, os nossos combatentes estão lado a lado com os seus irmãos nas Brigadas Qassam até que a vitória seja alcançada”, afirmou o porta-voz do braço armado da Jihad Islâmica, Abu Hamza, no Telegram.
Conforme o Serviço de Emergência de Israel, o número de mortos deve aumentar consideravelmente. Mais de 140 pessoas foram hospitalizadas no Soroka Medical Center em Beersheba, que atende o sul israelense.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que o Hamas “cometeu um grave erro nesta manhã”. Ele informou que as tropas israelenses lutarão “contra o inimigo” e afirmou que seu país vencerá a guerra.
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