As autoridades de Israel analisam uma nova proposta de trégua na Faixa de Gaza, disse o porta-voz do governo, Avi Hyman, nesta quarta-feira, 7. A ideia foi apresentada por negociadores do Catar e aceita pelo grupo terrorista Hamas.
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“Recebemos uma atualização, uma notificação dos negociadores do Catar”, disse Hyman. “Estamos analisando. O Mossad [Agência de Inteligência de Israel] está analisando atentamente o que nos foi apresentado.”
O Hamas apresentou uma contraproposta que propõe três fases, cada uma com duração de 45 dias. A ideia inclui, entre outras coisas, a retirada de tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI) da Faixa de Gaza.
Proposta tem três fases
A primeira fase contempla uma trégua de 45 dias com a libertação dos reféns israelitas do grupo terrorista. Nessa etapa, seriam libertos homens doentes, mulheres, crianças e idosos. Israel teria de retirar tropas da cidade de Gaza.
Na segunda fase, o Hamas deveria libertar homens e mulheres que são soldados de Israel. O governo israelense precisaria retirar todas as tropas militares da Faixa de Gaza. Na última fase, os terroristas iriam devolver corpos de vítimas israelenses.
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Na contraproposta apresentada pelo Hamas, Israel teria de libertar prisioneiros palestinos. De acordo com a CNN Brasil, o governo israelense não deve aceitar a proposta porque pretende manter o controle da Faixa de Faza e se recusa soltar condenados por crimes de terrorismo ou que envolvam mortes de israelenses.
Israel estaria disposto a soltar da prisão detentos palestinos com crimes menores e que não sejam considerados ameaças diretas ao país.
Israel informa que 20% dos reféns estão mortos
Oficiais de Inteligência israelenses concluíram, nesta terça-feira, 6, que pelo menos 31 dos 136 reféns restantes em Gaza, capturados pelo Hamas, morreram desde o início da guerra, em 7 de outubro. O número de vítimas corresponde a um quinto do total de sequestrados pelo grupo terrorista.
A informação foi divulgada pelo porta-voz das FDI, Daniel Hagari. A declaração ocorreu depois de o jornal The New York Times publicar um relatório sobre as mortes de reféns.
“Informamos a 31 famílias que seus entes queridos capturados não estão mais entre os vivos e que os declaramos mortos”, afirmou o porta-voz.
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De acordo com o jornal norte-americano, quatro autoridades disseram, na condição de anonimato, que os oficiais de Inteligência de Israel avaliam que, ao menos, outros 20 reféns também podem ter sido mortos na Faixa de Gaza, desde o início do conflito.
Durante os ataques do Hamas, em 7 de outubro, 253 pessoas foram sequestradas no sul de Israel e levadas para Gaza.
Em novembro, 105 pessoas sequestradas, incluindo israelenses, foram libertadas durante um cessar-fogo. Isso ocorreu em troca de 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel.