Proposta é defendida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; membros do governo apresentam resistência à anexação do território palestino
Israel pode impor a sua soberania sobre partes da Cisjordânia ainda neste mês. De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, o presidente Trump está ciente disso e que esse movimento está de acordo com o seu plano de paz para a região.
O representante especial para Negociações Internacionais dos EUA, Avi Berkowitz, deve se encontrar com Jared Kushner, cunhado de Donald Trump para discutir o assunto. Eles, e outras autoridades norte-americanas, devem participar de uma série de reuniões sobre as relações entre Israel e a Palestina.
Na última semana, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, afirmou que qualquer passo em relação à soberania deve esperar o fim da pandemia e da consequente crise econômica. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, desmentiu o seu ministro e principal membro da coalizão do governo.
De acordo com o The Jerusalem Post, Netanyahu afirmou que a legenda de Gantz, o Azul e Branco, não tem nenhum poder de decisão sobre o tema.
Plano de Paz
O Plano “Visão Para a Paz”, apresentado por Donald Trump no ano passado, permite que Israel anexe parte do território da Cisjordânia. De acordo com a proposta, 30% daquela região, incluindo todos os assentamentos judaicos, se tornariam território israelense.
O resto da Cisjordânia viraria o um território de uma Palestina independente. Pelo plano de Trump, essa área deveria ser desmilitarizada e a Autoridade Palestina deveria garantir as liberdades individuais e reprimir o terrorismo.
Conforme já noticiado por Oeste, a anexação dos territórios estava na pauta de uma reunião do gabinete israelense no último dia 1°. A resistência de membros do governo, como Gantz, acabaram atrasando a anexação dos assentamentos na Cisjordânia.
Ao contrário de Netanyahu, que quer a anexação de todos os territórios que o acordo proposto por Trump permite, Gantz defende a anexação apenas dos maiores assentamentos.