O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota, neste domingo, 25, em que desencoraja viagens ao Líbano e a Israel. A pasta alega que a escalada de tensões entre os dois países causa perigo aos turistas.
No domingo, Israel realizou um ataque com cem caças aéreos e bombardeou cerca de 40 locais na fronteira como medida preventiva. As Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram a informação.
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“O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, a escalada de tensões observada, na última madrugada, no Líbano e em Israel, com ataque israelense contra alvos no sul do Líbano e lançamento de foguetes pelo Hezbollah contra o território israelense”, informa a nota.
No comunicado, a pasta não se referiu ao Hezbollah como grupo terrorista.
O Itamaraty pediu máxima contenção às partes envolvidas, o que visa a evitar a intensificação das hostilidades e a propagação do conflito pelo Oriente Médio. Além disso, o ministério desaconselhou viagens para a região e deu orientações para a comunidade brasileira no Líbano, por meio da Embaixada em Beirute.
Israel justificou os ataques ao afirmar que a área atingida servia como base de “longa escala” para ataques do Hezbollah, grupo terrorista apoiado pelo Irã e com sede no Líbano. Os terroristas estariam preparando lançamentos de mísseis e foguetes contra Israel.
Hezbollah ataca Israel
Depois do ataque, o Hezbollah respondeu com o lançamento 320 foguetes e drones. O grupo terrorista informou que as acusações de Israel sobre um ataque iminente eram “infundadas”.
O Hezbollah faz parte do Eixo de Resistência, uma aliança apoiada pelo Irã que inclui o grupo terrorista Hamas, com base na Faixa de Gaza. Os ataques entre Israel e Hezbollah resultaram na morte de três pessoas, o que inclui dois terroristas do Hezbollah e um soldado israelense.
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A recente escalada é vista como uma resposta à morte do comandante militar do Hezbollah, Fu’ad Shukr, em julho. No mesmo dia, o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã. Israel não reivindicou oficialmente a responsabilidade pelas mortes.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou o compromisso de proteger o país, o que resultou em cancelamentos de voos e atividades de lazer na capital de Israel, Tel-Aviv. O principal aeroporto do país, Ben Gurion, registra longos atrasos.