A jornalista Camila Acosta, correspondente do jornal espanhol ABC em Cuba, foi detida ontem, segunda-feira 12, pelas forças militares da ditadura cubana. Acosta cobria os protestos realizados em diversas cidades do país, conforme noticiou Oeste.
Hoy fui testigo de la violencia y represión contra manifestantes pacíficos en #LaHabana,del odio del régimen cubano y sus burdas manipulaciones. Los que salimos a las calles estamos motivados por el amor a la libertad y a #Cuba, porque queremos vivir en un país mejor, sin odio pic.twitter.com/asB8Q0ScCQ
— Camila Acosta (@CamilaAcostaCu) July 12, 2021
Nesta terça-feira, 13, o recém-empossado chanceler da Espanha, José Manuel Albares, pediu que as autoridades cubanas liberem a jornalista. “Defendemos os direitos humanos sem condições”, afirmou, no Twitter. “Demandamos a liberação imediata de Camila Acosta.”
España defiende el derecho a manifestarse libre y pacíficamente y pide a las autoridades cubanas que lo respeten. Defendemos los derechos humanos sin condiciones. Requerimos la liberación inmediata de @CamilaAcostaCu.
— José Manuel Albares (@jmalbares) July 13, 2021
De acordo com o ABC, a jornalista foi detida quando saía de casa para resolver assuntos pessoais com seu pai, que precisava realizar um teste PCR para a covid-19. Em seguida, os agentes da ditadura entraram em sua residência e confiscaram os equipamentos de trabalho.
Tradição de censura
Acosta é a terceira profissional de comunicação a serviço de um jornal espanhol vítima de repressão da ditadura cubana desde o início das manifestações.
No domingo, um jornalista da Agência Press teve seu equipamento quebrado por um grupo de apoiadores do primeiro-secretário do Partido Comunista do país, Miguel Díaz-Canel. Um fotojornalista do mesmo grupo de comunicação precisou ser hospitalizado após sofrer ferimentos no nariz e no olho por parte da polícia política cubana.
🇨🇺CUBA | O ditador Miguel Díaz-Canel promete que haverá sangre: “É por isso que apelamos a todos os revolucionários comunistas para que saiam às ruas onde serão realizadas essas provocações e enfrente-os de forma decisiva”. pic.twitter.com/JArv28sOV1
— Maria Laura Assis (@MLauraAssis) July 12, 2021
Apesar do testemunho das agressões em vídeos e fotos, Díaz-Canel negou qualquer ação repressiva nas manifestações.
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Imprensa provando do veneno que venera.
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