A Lituânia e a Polônia inauguraram na quinta-feira 5 um gasoduto que custou € 500 milhões (R$ 2,6 bilhões), uma obra que poderá ajudar a diminuir a dependência da região em relação à Rússia.
O novo duto de gás natural tem mais de 500 quilômetros, passando por Estônia, Letônia e Finlândia, e será integrado ao sistema da União Europeia (UE), que corre contra o tempo para cortar as importações de combustíveis fósseis da Rússia, devido à invasão da Ucrânia.
“O gasoduto chega em um momento em que a Rússia mais uma vez nos chantageia usando gás natural”, disse o presidente da Polônia, Andrzej Duda, durante a inauguração.
A Rússia cortou recentemente o fornecimento de gás natural à Polônia e à Bulgária, depois de os dois países terem se recusado a pagar pelo produto em rublos, como exigia o Kremlin.
Vários países europeus estão buscando fornecedores alternativos para a energia russa, em um momento em que a UE discute um embargo gradual ao petróleo russo, como parte das sanções adotadas pelo bloco, devido à invasão da Ucrânia.
A primeira-ministra lituana, Ingrida Simonyte, disse que “qualquer redução ou desaparecimento dessa fonte de financiamento terá impacto significante na economia russa e sua habilidade de continuar financiando a guerra na Ucrânia”.
O novo gasoduto está integrado também a Estônia e Letônia, que antes só conseguiam receber gás natural vindo da Rússia.