Madeleine Riffaud tinha 17 anos durante a Segunda Guerra quando foi assediada por soldados nazistas. Um oficial ordenou que o assédio terminasse. Ao mesmo tempo, deu um chute em Madeleine, que a jogou de cara no chão. Enquanto limpava o sangue do nariz, a adolescente jurou que os invasores pagariam pelo que fizeram. Seu lema: “Não sou uma vítima. Sou uma resistente”.
Agora a vida de Madeleine Riffaud está sendo homenageada com uma graphic novel em três volumes chamada justamente Madeleine, Résistante. O autor, Jean-David Morvan, fez questão de creditar Madeleine, hoje com 97 anos, como cocriadora.
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Aos 19 anos, ela provocou um soldado alemão e o seduziu a acompanhá-la até uma ponte sobre o Rio Sena, em Paris. E então o executou com duas balas na cabeça. Ela foi presa e torturada pela Gestapo e condenada à morte. Milagrosamente foi libertada um dia antes do vigésimo aniversário.
Madeleine participou da resistência armada aos nazistas, colaborando para a captura de 80 soldados da Wehrmacht em um trem alemão. Depois da Segunda Guerra, ela se tornou jornalista e nunca escondeu sua simpatia pelos comunistas. Chegou a viver sete anos no Vietnã fazendo reportagens elogiosas aos guerrilheiros vietcongues.
A luta contra os nazistas será sempre algo a ser reconhecido por todos os seres humanos, mas sucumbir a doutrinação comunista (que numericamente matou muito mais gente que o nazismo) não é algo possível de se aceitar.