María Corina Machado, líder da oposição da Venezuela, agradeceu aos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Emmanuel Macron (França) e Gustavo Petro (Colômbia) por seus posicionamentos sobre as eleições venezuelanas. A liderança política à ditadura socialista fez sua declaração em uma postagem no Twitter/X, na sexta-feira 29.
Lula afirmou, na última quinta-feira, 28, que é “grave” o fato de a candidata Corina Yoris, do bloco opositor majoritário, Plataforma Unitária, não conseguir se inscrever para a eleição presidencial no país sul-americano. Professora, Corina, é aliada de María, que teve a sua participação no pleito vetada pelo Judiciário venezuelano.
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María ressaltou que os posicionamentos dos chefes de Estado “reafirmam que nossa luta é justa e democrática”. A oposição na Venezuela denuncia não ter conseguido inscrever nem ela nem Corina Yoris.
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“Tornou-se claro que não existem razões políticas ou jurídicas que impeçam Corina Yoris de ser candidata e que a sua exclusão, tal como a minha, nega a possibilidade de eleições livres e justas”, acrescentou María.
Em contraposição ao histórico de relativizações acerca da ditadura venezuelana, Lula criticou abertamente o aliado e ditador Maduro sobre as eleições no país vizinho. A declaração ocorreu em uma coletiva de imprensa, na quinta-feira.
María Corina Machado também pediu apoio aos “líderes democráticos do mundo” para que haja implementação do Acordo de Barbados, assinado em outubro. Trata-se de um consenso de vários países para permitir eleições presidenciais na Venezuela neste ano.
María Corina Machado também cita Macron, que concorda com Lula
O presidente da França esteve de acordo com a declaração de Lula sobre as eleições na Venezuela. Macron disse que a maneira como o rito eleitoral ocorre no país não pode ser considerada democrática.
“Condenamos firmemente por terem tirado uma candidata muito boa desse processo e espero que seja possível ter um novo marco nos próximos dias e semanas”, disse o chefe de Estado francês. “Não nos desesperemos, mas a situação é grave e piorou com a última decisão.”
María Corina Machado foi impedida de ocupar cargos públicos depois da decisão da Justiça venezuelana. A ditadura do país sul-americano alega supostas irregularidades em declarações de bens como justificativa.
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Já o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou indiretamente Maduro na terça-feira 26. Ao responder uma postagem do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, na qual acusava governos da “esquerda covarde” de não condenarem supostas tentativas de atentado contra ele, Petro citou Hugo Chávez, morto em 2013, e defendeu a democracia.
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é no minimo estranho ver o Lula criticar o amigo e ditador Maduro. Seria isso um truque para impressionar Macron?
Com certeza isso foi orquestrado entre os dois amigos.