Medicamentos usados para perda de peso, como o Ozempic, estão se tornando uma ameaça para empresas como McDonald’s, Altria e PepsiCo.
A informação foi divulgada nesta terça-feira, 4, em um relatório do banco americano Barclays sobre os efeitos do Ozempic e de outros remédios parecidos.
Segundo o banco, há estudos que mostram como a diminuição do apetite provocada por esses remédios ajuda na perda de peso.
Mas reduz também os impulsos para consumir substâncias viciantes, incluindo álcool e cigarros.
Mercado ainda não entendeu os efeitos do Ozempic, diz banco
Estrategistas da Barclays, liderados por um dos vice-presidentes Jigar Patel, afirmam que a demanda crescente por esses remédios representa um risco real para empresas que vendem desde fast food até cigarros.
Para o documento do banco americano, o mercado ainda não percebeu completamente esse potencial negativo nos preços dos ativos.
Mesmo assim, um dos índices de alimentos processados caiu cerca de 14% neste ano, enquanto o S&P 500 subiu cerca de 10% desde janeiro.
Várias indústrias afetadas pelo Ozempic
“Esses medicamentos podem causar perturbações em várias indústrias”, observam os estrategistas do banco americano.
O CEO da Kellanova (empresa de snacks), Steve Cahillane, afirmou que está avaliando como esses remédios afetarão a dieta dos consumidores.
Saiba mais: Novo medicamento para perda de peso é anunciado
A crescente preocupação da população mundial com saúde e dieta é refletida diretamente pelos ótimos resultados das empresas de saúde.
A dinamarquesa Novo Nordisk, produtora do Ozempic, recentemente se tornou se tornou empresa mais valiosa da Europa e registrou crescimento de 26% nas vendas..
Investidores ainda acreditam no McDonald’s
Entretanto, nos mercados de derivativos de crédito, os investidores parecem ter uma visão positiva sobre as atividades das empresas de alimentos processados.
O custo de segurar a dívida da McDonald’s contra inadimplência por cinco anos caiu cerca de 6 pontos base, ao longo do último ano, para 36 pontos base.
Não é o efeito do uso de uma medicação que ameaça o mercado de alimentos processados. Há um erro de análise. Há uma crescente conscientização, e mais abrangente, que o consumo de alimentos industrializados levam à obesidade. Há um aumento da prevalência da obesidade, facilmente observado nas ruas. O que ocorre é uma tendência natural da população de correção do hábito insalubre, o de consumir alimentos processados em demasia. Paralelamente, há uma busca para correção do excesso de peso. Medicamentos eficazes, logicamente, serão mais prescritos, terão mais adesão do uso, venderão mais. A linha editorial, na minha opinião, analisou de forma muito superficial. O tema deve considerar a tendência da população em preservar a saúde, que indubitavelmente é um capital de maior valor que o lucro dos investimentos em alimentos processados.
Estes remédios são realmente muito bons para a perda do apetite.
Mas em compensação são caríssimos e muito acima do preço que deveria ser cobrado.
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Gostei da matéria, mas usar esse medicamento para emagrecer acho muito arriscado! O certo é mudar o estilo de vida com menos fast-food e processados. Troca-se um vício por outro!
Não concordo, já usei esse medicamento para c controlar o meu colesterol e tirando as náuseas que ele provoca, me ajudou bastante