Médicos iranianos estão tratando às escondidas as vítimas da repressão às manifestações contra o regime dos aiatolás. Vítimas são tratadas de ferimentos a bala e fraturas em cozinhas transformadas em consultórios improvisórios.
Segundo o jornal britânico The Times, a violência do regime é tão grande que ambulâncias apanham os feridos nas manifestações e os levam diretamente a postos policiais. Médicos que cuidam dos manifestantes são presos se forem apanhados cuidando dos manifestantes.
Um dos médicos (que não declarou seu nome) declarou ao Times: “eu retirei nove balas de um garoto de 18 anos”. Muitos terminam seus plantões no hospital e vão cuidar dos feridos em casa durante a noite. Os policiais atiram indiscriminadamente, muitas vezes a curta distância, causando ferimentos profundos.
Segundo o grupo Ativistas dos Direitos Humanos do Irã (com sede nos EUA) a situação parece com uma “temporada de caça”. “O número de mortos cresce a cada dia”, declarou uma das porta-vozes do grupo, Skylar Thompson. 222 manifestantes foram mortos e 5.710 presos, segundo Thompson.
Os protestos entraram na quinta semana e se transformaram em manifestações de rua contra a ditadura islâmica estabelecida em 1979. Apesar da brutal repressão, as manifestações continuam desafiando o regime, como esta registrada ontem na cidade de Zahedan
Friday, October 14, #Zahedan, #Iran
People marched in the streets and chanted slogans against the regime. #Iran#Zahedan#Mahsa_Amini#اعتصابات_سراسری#مهسا_امینی#ژینا_امینی pic.twitter.com/zy4sVLEmWh— HRANA English (@HRANA_English) October 14, 2022
…consultórios “improvisórios”.
Curioso, eu, quando aprendí o significado das palavras, sempre achei que se escrevesse “consultórios improvisados”. Essa palavra, além de não existir, não tem sentido algum. Enfim, a criatividade para se inventar neologismos, não tem limites hoje em dia.
Velloso, é óbvio que trata se de erro de digitação.
É inacreditável ver como religiosos – meros mortais – conseguem deturpar os ensinamentos de Deus, seja este chamado de Deus, Allah ou qualquer outro nome e que em nome de Deus (Allah, neste caso) cometam as mais deprimentes atrocidades.