Em relatório divulgado na quarta-feira 27, a Microsoft registrou 237 ciberataques contra a Ucrânia. Segundo a empresa, as invasões ocorreram entre 23 de fevereiro e 8 de abril e foram lideradas por seis agentes ligados à Rússia.
“Coletivamente, as ações cibernéticas trabalham para interromper ou degradar as funções militares e administrativas da Ucrânia e minar a confiança da população nessas mesmas instituições”, diz um trecho do relatório, elaborado pela Unidade de Segurança Digital (DSU) da companhia.
Segundo a Microsoft, entre os principais malwares (tipos de vírus) lançados por agentes ligados à Rússia, estão WhisperGate, HermeticWiper, HermeticRansom, IsaacWiper, CaddyWiper, DoubleZero e Industroyer2.
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Os vírus terminados em “wiper” apagam os dados de usuários. O SonicVote, por sua vez, é um criptografador de arquivos. Já o HermeticWiper disfarça as invasões. Por fim, o Industroyer2 mira a tecnologia operacional, para sabotar processos industriais científicos.
Estima-se que pouco mais de 30% dos ataques tenham afetado organizações governamentais da Ucrânia nos níveis nacional, regional e municipal. Cerca de 40% foram direcionados para as organizações que trabalham em setores essenciais para a infraestrutura do governo ucraniano.
A Microsoft alertou para a continuação dos ciberataques, visto que o conflito no Leste Europeu ainda não arrefeceu. “É provável que os ataques observados sejam apenas uma fração da atividade”, diz o texto.
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