O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, vai avançar com uma reforma econômica de “choque” no país. O pacote de mudanças inclui desregulamentar setores, como mineração e petróleo, simplificar o sistema fiscal e, possivelmente, privatizar empresas estatais.
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De acordo com apuração do jornal argentino Clarín, as novidades seguirão para o Congresso Nacional argentino horas depois da posse do presidente eleito, no próximo domingo, 10. O texto com as modificações deverá passar pelos deputados.
O futuro presidente provisório do Senado, Francisco Paoltroni, disse à Radio Splendid que as propostas farão mudanças “profundas em diferentes níveis: econômico, financeiro, político e trabalhista”. O senador considera um acordo entre “peronistas e radicais” com o objetivo de “fazer o país avançar”.
Entenda o plano de reformas econômicas proposto por Javier Milei
Segundoo Clarín, o pacote de reformar pretende diminuir a influência do Estado sobre a economia. Não só porque haverá redução de 18 para 8 ministérios, mas também porque diminuirá o número de secretarias. “Quando se reduz, nem todas as funções acabam”, disse o próximo ministro do Interior, Guillermo Francos. “Algumas serão eliminadas e outras, reajustadas.”
Espera-se que, dentro do plano, haja privatizações de empresas estatais, bem como desregulamentação da economia. Nesse sentido, considera-se uma revogação de inúmeras leis.
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As mudanças políticas poderiam incluir a reforma do financiamento dos partidos e do sistema eleitoral. Milei também pretende abolir os institutos estatais focados em assuntos indígenas e racismo, segundo o relatório.
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A deputada e vice-presidente na chapa de Javier Milei, Victoria Villarruel, regressou na terça-feira 5 ao Senado. Ela terá uma série de reuniões, com o objetivo de fechar um acordo para alcançar 37 votos na sessão convocada para esta quinta-feira, 7. A votação servirá para destituir as atuais autoridades peronistas do Senado.
De um total de 72, a coalizão política Frente de Todos terá 33 senadores a partir da próxima semana; Juntos pela Mudança, 24; Avanços da Liberdade, 7; e o peronismo dissidente, 3.
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