Nessa quarta-feira 26, militares do Níger fizeram um pronunciamento oficial na rede nacional de TV para anunciar um golpe de Estado no país africano. Eles anunciaram a dissolução da Constituição, e a suspenção de todas as instituições, além do fechamento das fronteiras do país localizado na África Ocidental. Os militares nigerenses anunciaram também um toque de recolher das 22h às 5h, no horário local.
Mohamed Bazoum, presidente do Níger, foi detido por tropas da guarda presidencial desde o início da rebelião. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante uma ligação para o presidente deposto do país africano, transmitiu o “apoio inabalável” de Washington.
Depois que os militares rebeldes anunciaram o golpe de Estado na TV, Blinken pediu a libertação imediata do presidente Bazoum. Durante uma coletiva de imprensa na Nova Zelândia, o secretário de Estado norte-americano disse que “o que claramente está se mostrando é um esforço para tomar o poder pela força e para romper com a Constituição”. Já António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, disse que também conversou com o presidente nigerense e ofereceu todo o apoio da ONU a Bazoum.
“Nós, as forças de segurança, decidimos pôr fim ao regime que você conhece”
O país africano já passou por quatro golpes de Estado desde a independência da França, em 1960; e também sofreu inúmeras tentativas de golpes. O Níger é, portanto, marcado por uma história de crises e profunda instabilidade política.
Durante o anúncio do golpe na TV na quarta-feira, o coronel Amadou Abdramane, juntamente com outros nove soldados uniformizados atrás dele, afirmou: “Nós, as forças de defesa e segurança, decidimos pôr fim ao regime que você conhece. Isto ocorre depois da contínua deterioração da situação de segurança e da má governança econômica e social. Pedimos a todos os parceiros estrangeiros que não interfiram”.
Abdramane prossegue decretando o fechamento das fronteiras: “Fronteiras terrestres e aéreas estão fechadas até que a situação se estabilize”.
Movimentos jihadistas
Mali e Burkina Faso, dois países vizinhos do Níger, sofreram golpes desencadeados por movimentos jihadistas nos últimos anos. Em ambos os países africanos, o militares amotinados romperam com a administração francesa — que também governou o Níger.
O país enfrenta duas insurgências islâmicas: uma influenciada pelas disputas de poder no Mali, no sudoeste; e outra envolvendo jihadistas nigerenses, no sudeste. No Níger, entidades militares ligadas à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico são ativas e influenciam diretamente a política do país.
se é golpe de estado, deve ser culpa do Bolsonaro, assim concluí o STF
Quem nasce no Níger de é nigerense ou nigerino, mas jamais nigeriano. Se liga estagiário!