Mudança no grupo peronista, força de esquerda que controla o governo argentino. Nesta sexta-feira, 23, o bloco anunciou que o atual ministro da Economia, Sergio Massa, vai ser o candidato a presidente pela frente.
O anúncio demonstra alteração na estratégia dos peronistas. Um dia antes — na quinta 21 —, o grupo havia anunciado o nome de Wado de Pedro, ministro do Interior, para a disputa, programada para outubro deste ano. Nos bastidores do poder, Pedro é tido como um dos principais aliados da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
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Nesta sexta, contudo, o aliado de Cristina deixou a condição de representante dos peronistas nas próximas eleições. Por meio de postagem no Twitter, a União pela Pátria, nome formal da coalizão política que reúne os peronistas, afirmou que o presidenciável será Massa. Além disso, anunciou-se o atual chefe de gabinete de ministros do governo de Alberto Fernández, Agustín Rossi, como candidato a vice-presidente.
“Por responsabilidade institucional, política e social, nosso espaço decidiu formar uma lista de unidades que nos representará nas próximas eleições”, afirma, por meio de publicação na rede social, a coalização União pela Pátria.
Nuestro candidato a presidente será @SergioMassa y lo acompañará como candidato a vicepresidente @RossiAgustinOk.
— Unión por la Patria 🇦🇷 (@unionxlapatria) June 23, 2023
Reconocemos a los compañeros @wadodecorrido y @danielscioli, que apostaron a la unidad del peronismo anteponiendo lo colectivo por sobre lo individual.
Argentina: ministro da Economia vai ter que defender o governo Fernández
Como candidato a presidente da Argentina pelo bloco peronista, Sergio Massa terá a missão de defender o seu próprio trabalho como ministro da Economia. No geral, ele também terá de sair em defesa da gestão de Alberto Fernández, que em abril desistiu de concorrer à reeleição.
Missão que poderá ser difícil de encarar. Isso porque, em termos econômicos, a Argentina encara uma hiperinflação. Na semana passada, dados oficiais mostraram que o patamar da inflação do país chegou a 114% ao ano.
O peso argentino, por sua vez, enfrenta período de desvalorização. Na cotação atual, AR$ 1 equivale a menos de R$ 0,01. Por fim, os argentinos têm de lidar com a dívida de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional.
Leia também: “A inflação da Argentina é um desastre social”
Parece que o TI da Oeste agora acertou na confuguração do site. Os comentários estão sendo publicados assim que são enviados. Espero que continue
Se deixou a economia destroçada, imaginem o que vai acontecer com o pais.
Coitado dos argentinos.
Um dos principais responsáveis pela situação econômica crítica que enfrenta a Argentina, será o próximo candidato à presidência? Isso daí já é Síndrome de Estocolmo, não tem outra explicação.