Manifestantes foram às ruas nesse sábado 6, em Varsóvia e em outras cidades da Polônia, protestar pela morte de uma gestante que foi impedida de realizar um aborto.
Segundo militantes pela defesa dos direitos das mulheres, a nova regra em vigor no país, que torna inconstitucional o aborto de fetos com má-formação, pode ter provocado a morte da mulher.
Izabela, de 30 anos, que estava grávida de 22 semanas, morreu no fim de setembro em um hospital de Pszczyna, no sul da Polônia, mas o caso só veio à tona nesta semana.
“Os médicos esperaram que o feto morresse. O feto morreu, a paciente morreu. Choque séptico”, postou no Twitter Jolanta Budzowska, advogada da família.
Os médicos do hospital adiaram a interrupção da gravidez, de 22 semanas, apesar de o feto não ter líquido amniótico suficiente para sobreviver, disseram a família e a advogada.
Segundo um comunicado da família de Izabela, os médicos do hospital Pszczyna “adotaram uma posição de espera”, que relacionaram “à norma em vigor, que limita as possibilidades de um aborto legal”.
Dois médicos do hospital foram suspensos depois da morte da gestante, enquanto a promotoria local conduz uma investigação.
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