Uma equipe de cientistas descobriu o motivo de mais de 20 mil polvos polvos-pérolas se reunirem em uma mesma rocha. O nome se deve ao fato de que eles parecem pedras preciosas se vistos à distância.
De acordo com os especialistas, esses animais procuram a água quente que escorre pelo fundo do mar. Dessa forma, usam a rocha para acelerar a eclosão de seus ovos.
Em 2018, o “jardim de polvos” havia sido encontrado perto de Davidson Seamount, na costa da Califórnia, nos Estados Unidos. A recém-descoberta foi anunciada pelo jornal britânico The Guardian, na quarta-feira 23.
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Uma equipe liderada por pesquisadores do Instituto de Investigação do Aquário da Baía de Monterey (MBari, na sigla em inglês) retornaram ao local diversas vezes com um robô de mergulho operado remotamente.
Descobertas acerca dos polvos
Os especialistas registraram que cada fêmea de polvo lilás, pouco maior que uma laranja, põe cerca de 60 ovos na rocha, e depois os guarda até que eclodam.
Sondas de temperatura mostraram que a água que banhava os ovos variava de 5°C a 10°C. Enquanto isso, a menos de 1 metro de distância a temperatura caiu para 1,6°C.
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Ao revisitar ninhos individuais, a equipe de cientistas constatou que, em vez de demorar uma década ou mais para eclodir, como normalmente acontece no mar profundo e muito frio, os bebês nascem ali em quase dois anos, o que aumenta suas chances de sobrevivência.
A água quente vem de fontes hidrotermais e, apesar de aquecidas, não são tão escaldantes quanto fissuras hidrotermais mais profundas. “Nunca fica superaquecido (o suficiente) para cozinhar os ovos de um polvo”, diz o doutor Jim Barry, do Mbari, que liderou o estudo.