Em 24 de fevereiro de 2021, o estádio de críquete Narendra Modi, com capacidade para 132 mil espectadores, foi inaugurado na cidade de Ahmedabad, na Índia. Quem não está familiarizado com o noticiário político internacional não percebe que o nome atribuído à arena, construída para sediar os jogos do esporte mais estimado pelos indianos, é o mesmo do primeiro-ministro do país. Trata-se de uma homenagem, com o premiê ainda em vida.
Nos primeiros meses deste ano, a nação começava a recuperar-se das consequências econômicas causadas pela primeira onda de coronavírus. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o produto interno bruto da Índia contraiu-se 23,9% entre abril e junho de 2020. Ao mesmo tempo, mais de 100 milhões de pessoas ficaram sem trabalho. Entretanto, o completo caos ainda não havia se estabelecido.
Apenas três meses após a inauguração do Narendra Modi Stadium, com a economia local em frangalhos, a Índia tornou-se o epicentro da covid-19. De fevereiro a maio deste ano, o país registrou mais de 10 milhões infectados — ao todo, há 20 milhões de pessoas acometidas pela peste chinesa no país. Nas últimas 24 horas, foram contabilizadas 412 mil novas infecções, além de 3.980 mortes. É o índice de óbitos mais alto desde o início da pandemia.
Nem tudo é tão ruim que não possa piorar, como diriam os pessimistas. De acordo com relatório divulgado pela rede Cable News Network (CNN), há subnotificação de mortes no país relacionadas à doença provocada pelo coronavírus. Ao contrário dos mais de 225 mil óbitos oficialmente admitidos pelo governo de Narendra Modi, a Índia já poderia ter ultrapassado 1 milhão de mortes — número cinco vezes maior, portanto.
Não obstante a fracassada política econômica e a desastrosa gestão da pandemia, o primeiro-ministro da Índia segue com massivo apoio popular. Segundo o Financial Times, uma pesquisa de opinião realizada em janeiro de 2021 mostrou que Narendra Modi tem índices de aprovação acima dos 70%. O alto número de desempregados no país e a escalada de mortes em decorrência da covid-19 não devem alterar, substancialmente, a popularidade do premiê.
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Será que a Revista Oeste está a caminho de se tornar uma Antagonista?
Também achei a manchete exagerada. Liguei o sinal amarelo.
O povo indiano, bem como o brasileiro, e mesmo de outros paises sabe quem são os verdadeiros culpados.
A Oeste tem se posicionado bem sobre esse assunto, porém vejo essa matéria
como um tremendo escorregão, tentando aliar ou atribuir ao mandatário da nação a pecha de culpado supremo dos efeitos da pandemia.
O titulo principalmente, “coleciona desastres” ficou absurdamente “Folhista” para dizer o minimo. Ao longo do texto, exceto a narração sobre o Covid, não consegui contar 2 desastres diferentes (Coleciona-se supõe que ajam no minimo 2, e mesmo se houvessem dois, putz que parilis, chamar 2 isso de colecionar é no minimo ato falho). E o caso do estádio, me perdoem pode ser qualquer coisa menos “desastre”.
Vou entender como um ponto fora da curva.