A Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa) planeja uma missão à Marte para resgatar amostras de pó e rochas marcianas, coletadas pelo robô Rover Perseverance, que está no planeta vermelho desde 2021. Trata-se do Programa Mars Sample Return, desenhado justamente para transportar o material coletado à Terra.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
Segundo a agência, existem duas alternativas ao plano original para realizar a viagem antes da década de 2030. As propostas surgiram depois de um conselho de revisão independente projetar o custo da operação inicial em US$ 11 bilhões (R$ 67,4 bilhões).
Os modelos alternativos apresentados focam em uma menor complexidade, na redução de custos e também no tempo da viagem.
A análise do conselho também adiou a data de retorno do robô para o ano de 2040 — antes, era 2031. O administrador da Nasa, Bill Nelson, considerou que o atraso é “simplesmente inaceitável”.
Nelson afirmou que a Nasa vai estudar os planos e que o órgão vai divulgar uma decisão até o primeiro semestre de 2026. O dirigente deu a declaração na última terça-feira, 7, durante uma coletiva.
Veja as alternativas que poderão buscar o robô em Marte
As duas alternativas apresentadas à Nasa passaram pelo filtro da equipe de Revisão Estratégica de Retorno de Amostras de Marte. A agência selecionou ambas, entre 11 propostas enviadas.
A primeira opção é reutilizar a tecnologia aplicada na entrada, descida e pouso dos dois robôs que atualmente exploram Marte. A segunda alternativa abre espaço para parceiros comerciais, como a SpaceX e a Blue Origin, explorarem caminhos para realizar a operação.
Leia também: “O que esperar da exploração do espaço em 2025”
O ingresso de duas marcas privadas no programa Mars Sample Return exigem a elaboração de um módulo de pouso de “veículo de carga pesada”. O desafio para as empresas é lidar com a camada de Marte, que é suficientemente espessa para queimar uma aeronave e fina demais para desacelerar o pouso de um módulo apenas com paraquedas.