A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa, na sigla em inglês) começou a explorar as profundezas dos oceanos do planeta Terra. Além de conhecer o nosso planeta, a agência norte-americana pretende, por meio dessas missões, encontrar situações extremas, como aquelas encontradas em parte inexploradas do espaço.
O projeto pretende mergulhar na Zona Hadal. Localizada a quase sete mil metros da superfície, é o trecho onde se estende a fossa Mariana, a parte mais profunda do oceano conhecido. E o que já mapeamos de nossos oceanos corresponde a apenas 15% do total.
Para aumentar os dados sobre a parte marinha do planeta Terra, a Nasa tem o veículo Orpheus. Com cerca de 250 quilos — ou o peso de duas motocicletas pequenas —, essa sonda não tripulada foi construída para suportar situações de pressão extrema. E coletar informações sobre a vida marinha em ambientes hostis, com adversidades tão desafiadoras quanto as que queremos explorar no espaço.
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“Nas profundidades da Zona Hadal, as pressões são aproximadamente equivalentes ao fundo do oceano subterrâneo de Europa [lua de Júpiter], que se acredita ter talvez 80 quilômetros de profundidade”, disse Tim Shank, biólogo que lidera o programa Hadal Exploration.
“É uma coisa profunda pensar que esta expedição pode ser o trampolim para novas descobertas sobre nosso próprio planeta, incluindo a resposta à pergunta mais fundamental: a vida é exclusiva da Terra ou existem outros lugares além desse ponto azul onde a vida poderia surgir?”
Shank afirma que antes de exploramos outros lugares, “temos que entender melhor nossa própria casa.”
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Enfim uma iniciativa sensata