O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, entregou 222 presos políticos aos EUA nesta quinta-feira, 9, em um acordo negociado com Washington, marcando uma das maiores libertações de prisioneiros envolvendo os Estados Unidos. A libertação é uma sinalização do desejo da Nicarágua de reiniciar as relações com o país norte-americano.
O governo Biden impôs sanções ao governo e à família de Daniel Ortega, depois que o país se tornou autocrático e começou a perseguir opositores políticos, religiosos e jornalistas.
O governo de Joe Biden enviou um voo fretado para Manágua, capital da Nicarágua, para pegar os prisioneiros e levá-los a Washington. No total foram liberados 224 presos, mas dois recusaram se recusaram a sair.
Muitos dos prisioneiros foram capturados pelo regime autocrático de Ortega acusados de “dissidência política” contra o ditador. Alguns sofreram tortura dentro dos centros de detenção da Nicarágua. Pelo menos um preso político veio a óbito.
Entre as beneficiadas pelo exilo está Cristiana Chamorro Barrios, jornalista que foi uma das principais candidatas às eleições presidenciais da Nicarágua realizadas em 2021. Cristiana foi desqualificada como candidata e, logo depois, forças do governo invadiram a sua casa e a prenderam minutos antes de ela dar uma entrevista coletiva para falar sobre a sua desqualificação e criticar a interferência do governo no resultado das urnas.
O irmão de Cristina, Carlos Fernando, disse que a notícia não poderia ter sido mais surpreendente. “Hoje terminou um longo tempo de tortura e crueldade contra os melhores filhos da Nicarágua”, disse Chamorro, que fugiu logo após a prisão de seu irmão e sua irmã em 2021.
O governo norte-americano fornecerá assistência médica e jurídica aos exilados e, em seguida, eles se reunirão com as suas famílias.
Pelo menos não estão mais na Nicarágua sob jugo de um ditador amiguinho de nosso Molusco.
Curioso q não teve matéria sobre a nova produção da Brasil Paralelo.