O presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou na última terça-feira, 9, o novo primeiro-ministro, Gabriel Attal.
Attal, 34 anos, é o político mais popular do governo Macron. Nomeado ministro da Educação Nacional em junho do ano passado, se tornou o mais jovem primeiro-ministro da Quinta República.
Em dezembro passado, Macron elogiou “a energia e a coragem de Gabriel Attal em travar as batalhas necessárias”.
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À frente do Ministério da Educação, Attal se destacou imediatamente apostando tudo na autoridade e introduzindo a meritocracia nas escolas públicas francesas.
A sua primeira decisão foi proibir a abaya, a túnica islâmica, nas salas de aulas.
Uma forma de reiterar firmemente o respeito pela laicidade nos espaços públicos da República Francesa, após a proibição do véu islâmico ocorrida em 2004.
Em seguida, Attal tomou novas medidas contra o bullying, revelando que ele mesmo foi uma vítima durante ensino médio.
Nas escolas francesas se voltará a usar o uniforme e as regras contra alunos que cometem atos de bullying serão mais rígidas.
Introdução da meritocracia nas escolas da França
Mas a decisão mais importante foi a introdução da meritocracia nas escolas francesas.
Entre outras coisas, com um aumento do rigor dos exame final da escola primária, que voltou a ser indispensável para acessar o ensino médio.
Atualmente 10% dos alunos franceses não passam na prova, mas podem se matricular mesmo assim nos anos seguintes.
Os professores terão a recomendação de reprovar os alunos que não alcançarem notas mínimas, independentemente da condição da turma.
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Além disso, os últimos anos do ensino básico, cada turma de crianças foi dividida em três grupos dependendo do nível individual de cada aluno.
Os alunos poderão ser transferidos de uma turma para outra ao longo dos quatro anos, a critério dos professores e com base nos progressos obtidos.
Os alunos com dificuldades particulares poderão ter o seu plano de estudos temporariamente modificado para que possam frequentar mais horas de matemática e francês.
Uma escolha que suscitou muitas críticas entre os professores, que reclamaram de meritocracia excessiva.
Entretanto, o ministro não recuou, mostrando a vontade de levar adiante uma refundição da escola francesa.
França quer sistema educacional mais exigente
Para o governo francês, a reforma visa tornar o sistema educacional “mais exigente” e aumentar as competências dos alunos de forma mais geral a longo prazo”.
Attal apresentou a reforma poucas horas após a divulgação dos dados do último Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA), um estudo realizado a cada três anos que examina as habilidades de leitura, matemática e ciências de estudantes de 15 anos nos países de que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Entre eles, o Brasil.
O ministro vinculou a sua reforma aos resultados do PISA, os quais mostraram como nos últimos três anos os estudantes franceses registaram um declínio sem precedentes na compreensão de leitura e competências matemáticas.
Tem que ser linha dura como ele.
Vacilou, dançou…!
Promete.
Muito me admira esse macron enxergar alguma coisa que não seja a amazônia. Parabéns para a França e a esse jovem e corajoso primeiro ministro, de tão pouca idade. Boa sorte e sucesso e que logo substitua esse macron.