Morto na quarta-feira 9, em Quito, capital do Equador, o candidato à Presidência Fernando Villavicencio fez um discurso premonitório antes de ser assassinado por narcotraficantes.
Em ato de campanha na Província de Chone, horas antes do assassinato, Villavicencio disse que não precisava de colete de proteção e que tinha a proteção do povo.
“Disseram que iriam me quebrar”, afirmou. “Aqui está Don Villa. Que venham os chefões do narcotráfico. Venham! Que venham os atiradores, que venham os milicianos! Acabou-se o tempo da ameaça. Aqui estou. Podem me dobrar, mas nunca vão me quebrar.”
Poucos dias antes, o candidato já havia dito algo semelhante, na Província de Manabí.
Veja o discurso feito por Fernando Villavicencio
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Ele vinha sofrendo ameaças de facções criminosas de diversas localidades do país. Grupos conhecidos por praticar extorsões, tráfico de drogas e homicídios afirmaram que iriam “quebrá-lo”, se o candidato não parasse de provocar seus líderes.
Villavicencio também responsabilizou previamente um dos grupos criminosos, Los Choneros, por eventual atentado contra sua família.
Candidata também foi alvo de ataque
Um dia depois do assassinato de Villavicencio, uma candidata a deputada foi alvo de atentado. O carro com Estefany Puente, que busca ocupar uma cadeira na Assembleia Nacional, foi alvejado.
Estefany dirigia um carro branco, em que também estavam seu pai e um funcionário, quando foi interceptada por dois homens armados.
Eles atiraram contra o para-brisa, do lado do motorista, e fugiram logo em seguida. Um tiro atingiu de raspão o braço esquerdo da política, que recebeu atendimento médico e passa bem.
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O caso está sendo investigado pela polícia equatoriana, que analisa imagens de câmeras de segurança. Segundo uma testemunha, a candidata acelerou depois da aproximação dos criminosos, que então atiraram. Não há informações se o ataque teve motivação política.
A candidata se pronunciou nas redes sociais. “Fui vítima de um crime contra a minha integridade, o que nós, equatorianos, vivenciamos diariamente”, afirmou Estefany. “Fomos esquecidos por um governo inoperante, envolto em corrupção e máfias, fruto de governos anteriores e do atual.”
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Alguem sabe porque o PCC não entra em conflito com os Petralhas? Isso vai sem ter que dizer, mas há um pacto entre os dois crimes organizados.
O primeiro movimenta o narco-tráfico e o segundo rouba os frutos do nosso trabalho.
QUEBROU-SE!
Logo estaremos no mesmo caminho