O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, falou sobre como se dará a diplomacia do Brasil com os Estados Unidos daqui em diante, a partir da presença do democrata Joe Biden como presidente norte-americano. O chanceler demonstrou animação com o relacionamento entre as duas nações. Por outro lado, ele demonstrou preocupação com a situação de outro país das Américas: a Venezuela. Ele falou sobre o assunto na noite desta quinta-feira, 21.
“Tem tudo para ser uma excelente relação”
Sobre Biden e os rumos das relações diplomáticas com os norte-americanos, o titular do Itamaraty falou em “interesses comuns”. Nesse sentido, citou a defesa da democracia como exemplo. De acordo com ele, a mudança de poder na Casa Branca, com o Partido Democrata no lugar do Partido Republicano de Donald Trump, não afetará o comércio entre os dois países. “É muita coisa em comum”, afirmou Araújo ao participar da live do presidente Jair Bolsonaro. “Tem tudo para ser uma excelente relação”, destacou o ministro.
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Animado com as perspectivas diplomáticas do Brasil com os Estados Unidos sob a administração Biden, Araújo reforçou que já há um ponto em comum no campo da política externa. Afinal, o democrata ignorou Nicolás Maduro e manteve o reconhecimento a Juan Guiadó como o legitimo presidente da Venezuela. O chanceler chamou atenção para o fato de tal reconhecimento ter sido feito pelo Brasil e outras nações ao decorrer dos últimos meses — e até anos.
Preocupação: Venezuela
Ao participar da live de Bolsonaro desta quinta-feira, Ernesto Araújo foi além de meramente confirmar o reconhecimento a Guaidó como o atual líder da Venezuela. Ele aproveitou o momento para reforçar que, perante os olhos do governo federal, o governo comandado por Nicolás Maduro não é democrático. “A gente não pode aceitar que esse regime ditatorial continue a fazer com o que faz com o povo venezuelano”, afirmou Araújo. Assim, pontuou que o Brasil movimenta-se para conseguir, de algum modo, ajudar o país vizinho.
Elogiado por Bolsonaro
Ernesto Araújo recebeu elogios públicos do presidente Jair Bolsonaro. O mandatário do país rechaçou a possibilidade de promover mudanças no comando do Itamaraty e elogiou o resultado do trabalho feito por seu chanceler no decorrer dos últimos dois anos. “A política externa está excepcional”, disse Bolsonaro — que fez questão de declarar não ter nenhum problema no campo democrático com a Índia ou com a China. “Querem tirar o Ernesto por quê?”, questionou o presidente ao descartar tal possibilidade.
A reportagem esqueceu de comentar( esqueceu mesmo?) a frase do Presidente ao seu eloquente Ministro: Bolsonaro disse ao chanceler: “Acho que não é o caso de entrar na política externa de outros países, mas fala alguma coisa, mas sem interferir”. A verdade é que o Ministro mudou seu discurso para não perder o cargo. Agora fica aí dando uma de bonzinho como se não tivesse falado o quê falou.
Não tome os espaços da esquerda Júnior. Divergências existem, até em família.
Como é a primeira vez que comento, pergunto: as pessoas não precisam se identificar? Porque “júnior” existem muitos. Também gostaria de saber se os comentários são checados pela revista para evitar a publicação de inverdades ou verdades parciais ou descontextualizacões (fake news)? Obs.: não tenho site.