Empresa suspendeu permanentemente a conta do presidente norte-americano
Na semana passada, o Twitter informou que suspendeu permanentemente a conta de Donald Trump, o presidente da maior democracia do planeta. A decisão foi seguida por outras plataformas. No centro do debate, as grandes empresas de tecnologia que detêm o controle do espaço público mais controverso e disputado da atualidade — as redes sociais.
Oeste listou 14 perguntas e respostas sobre o desligamento de Trump das redes de comunicação globais e os possíveis desdobramentos da medida. A seguir, uma das questões:
— Especialistas têm feito a seguinte comparação: “É como se um provedor de TV paga tivesse cortado do cardápio de canais por assinatura uma emissora que divulga mensagens de ódio 24 horas por dia”. Isso faz sentido?
O problema aqui é definir o que são “mensagens de ódio”. No primeiro tuíte tido como inapropriado, Trump disse considerar seus eleitores “grandes patriotas norte-americanos” e insiste que eles terão “UMA VOZ GIGANTE” no futuro. Na outra mensagem, ele confirma que não participará da cerimônia de posse de Joe Biden. E é isso. Fim de papo. O Twitter alegou que a conta de Trump corria o “risco” de “incitar a violência”. Ou seja: além de julgar ter o direito de estabelecer o que pode ou não pode ser dito no debate público, o Twitter age quase como uma instância superior ao Judiciário. A companhia toma providências antes que um suposto crime venha a acontecer, mas apenas por — segundo seus critérios — considerar que há riscos de que ilegalidades possam ocorrer.
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Leia também a matéria de capa da Edição 43 da Revista Oeste – “Os novos senhores do mundo”, da colunista e analista política Ana Paula Henkel