A refugiada afegã Manizha Talash foi desclassificada da primeira competição olímpica de breaking por usar uma roupa com a inscrição “Libertem as mulheres afegãs” durante sua apresentação nesta sexta-feira, 9, na Paris 2024. Mensagens políticas e religiosas são proibidas nas competições ou no pódio dos Jogos Olímpicos.
A organização do evento, no entanto, parece não levar em consideração a situação do Afeganistão. O país asiático é controlado pelo grupo terrorista Talibã. Os extremistas islâmicos impõem restrições aos direitos das mulheres.
“B-girl Talash foi desqualificada por exibir um slogan político em seu traje durante a batalha pré-qualificatória”, declarou neste sábado, em comunicado, a Federação Internacional de Dança Esportiva. O órgão é o regulador do breaking nos Jogos deste ano.
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A afegã, que integra a equipe de refugiados na Olimpíada, não teria avançado mesmo sem a punição, já que foi derrotada pela holandesa India Sardjoe, conhecida como B-girl India. A japonesa Ami derrotou a lituana Nicka na decisão e levou a medalha de ouro. A chinesa B-girl 671 ficou com o bronze.
Refugiada deixou o Afeganistão para escapar do Talibã
Manizha Talash deixou o Afeganistão, que está sob domínio do Talibã, para se refugiar na Espanha em 2021. “Estou aqui porque quero realizar meu sonho, não porque esteja com medo”, disse a jovem de 21 anos à agência de notícias Associated Press antes da Olimpíada.
O breaking faz sua estreia no programa olímpico em território francês. As provas ocorrem no parque urbano de La Concorde, no centro de Paris, mesmo palco do BMX estilo livre, skate e basquete 3×3. Não há brasileiros na disputa.
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A competição feminina ocorre na sexta-feira, enquanto a masculina se deu neste sábado, 10.
O breaking surgiu da cultura hip hop, oriunda de bairros da cidade de Nova York dos anos 1970. Nas batalhas, os competidores realizam movimentos acrobáticos no solo ou no ar para conquistar os votos de cinco jurados, que decidirão o vencedor por maioria. Eles são acompanhados pela música de um DJ e pela apresentação de um mestre de cerimônias.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Se o COI não der luz para os que vivem estas atrocidades, quem o fará ?
Mas as ONGs estão repercutindo o caso nas redes. Ou seja, seria uma ação orquestrada em conluio com o COI para justificar a Imigração ilegal na Europa ?
Ou seja, o COI deseja que as mulheres afegãs continuem sob a violência e sem direitos no seu país.
Quem é pior, COI ou os Talibãs ?