Bernardinho participou das Olimpíadas de Paris 2024 como técnico pela sétima vez, mas, pela primeira vez, não levou uma equipe ao pódio. A derrota para os Estados Unidos nas quartas de final, nesta segunda-feira, 5, trouxe uma nova realidade para o treinador.
Em sua carreira, Bernardinho já havia conquistado duas medalhas de bronze com a seleção feminina: em Atlanta 1996, ao vencer a Rússia, e em Sydney 2000, ao derrotar os Estados Unidos na disputa pelo terceiro lugar.
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Depois de deixar a equipe feminina, Bernardinho assumiu o comando da seleção masculina, com a qual viveu sua fase mais vitoriosa. Conquistou dois ouros olímpicos, em Atenas 2004 e na Rio 2016, ambos com vitórias sobre a Itália.
O técntico também ganhou duas pratas com a seleção masculina, com derrotas para os Estados Unidos em Pequim 2008 e para a Rússia em Londres 2012.
Vale ressaltar que, apesar de sua importância nas Olimpíadas, Bernardinho não recebeu oficialmente as seis medalhas como técnico, já que, conforme as regras do Comitê Olímpico Internacional (COI), apenas os atletas têm direito às premiações.
Dessa forma, ele não aparece na contagem oficial dos maiores medalhistas do Brasil, liderada pela ginasta Rebeca Andrade. Leia as Olimpíadas que o técnico participou, conforme levantamento do Globo Esporte:
- Atlanta 1996 — bronze com a seleção feminina
- Sydney 2000 — bronze com a seleção feminina
- Atenas 2004 — ouro com a seleção masculina
- Pequim 2008 — prata com a seleção masculina
- Londres 2012 — prata com seleção masculina
- Rio 2016 — ouro com a seleção masculina
- Paris 2024 — 8ª posição da seleção masculina
Bernardinho também tem medalha como jogador
Bernardinho também tem uma medalha olímpica em casa. Como jogador, ele fez parte da “Geração de Prata” da seleção masculina de vôlei, que ficou em segundo lugar nos Jogos de Los Angeles, em 1984.
As Olimpíadas de Paris marcaram sua décima participação nos Jogos. Ele estreou como jogador em Moscou 1980, sem medalha, e também não viu o Brasil subir ao pódio em Seul 1988, quando atuou como auxiliar técnico de Bebeto de Freitas.
Desde 1980, Bernardinho só não participou das Olimpíadas de Barcelona 1992 e Tóquio 2020.
Bernardinho, com técnico, já deu o que tinha de dar. Pode ceder o posto para outro mais jovem, e com ideias inovadores.