A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu, nesta terça-feira, 1º, manter o alerta máximo de saúde sobre a varíola dos macacos, apesar de uma queda significativa do número de casos nos países mais afetados da Europa e da América.
O Comitê de Emergência da OMS disse que, apesar do progresso no controle da doença, ainda há “motivos para preocupação”, principalmente por causa de novas infecções em alguns países, mas também pela falta de recursos nos países pobres ou pelo risco de estigmatizar populações em risco.
A maioria dos doentes são homossexuais masculinos, o que levou a OMS, em julho, a recomendar que essas pessoas reduzissem o número de parceiros, como forma de evitar a propagação da doença.
A emergência de saúde pública de importância internacional — o nível mais alto de alerta de saúde da OMS — foi declarada em 23 de julho pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Os primeiros casos da doença nos Estados Unidos e na Europa surgiram em maio. Na África Ocidental, a varíola dos macacos é endêmica,
Até 31 de outubro, 77,2 mil casos foram registrados em 103 países e houve 36 mortes. Durante a semana de 24 a 30 de outubro, o número de casos caiu em todo o mundo em 40,7%.
Segundo a OMS, os dez países mais afetados são Estados Unidos, Brasil, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Colômbia, Peru, México e Canadá, que concentram 86,4% dos casos.
A varíola dos macacos é caracterizada por erupções cutâneas, que podem aparecer nos genitais ou na boca, e podem ser acompanhadas de crises de febre, dor de garganta ou dor nos gânglios linfáticos. Trata-se de uma doença de pouca gravidade e que tem cura, com o tratamento iniciado de maneira precoce.