A organização não governamental (ONG) de Israel Fórum de Famílias de Reféns anunciou, nesta segunda-feira, 22, a morte de dois reféns sequestrados pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Yagev Buchstab, de 35 anos, e Alex Dancyg, de 76 anos, foram capturados em 7 de outubro, data que marcou o início do ataque dos extremistas.
Em comunicado, o fórum declarou que suas mortes são um “cruel lembrete da urgência” de trazer os reféns de volta para casa. A ONG não detalhou as causas das mortes.
“Seus corpos estão nas mãos da organização terrorista Hamas”, afirmaram as Forças de Defesa de Israel. “As circunstâncias de sua morte em cativeiro estão sendo examinadas por todas as autoridades profissionais.”
Os reféns do Hamas
Yagev Buchstab foi sequestrado em sua casa, no Kibutz Nirim junto de sua mulher, Rimon Buchstab Kirsht. Ela foi libertada depois de 50 dias de cativeiro.
Segundo o site do jornal The Times of Israel, o casal ficou junto durante todo o cativeiro. Rimon não queria deixar seu marido para trás, mas foi instruída a ir por vontade própria ou seria arrastada pelo chão.
Filho de sobreviventes do nazismo, Alex Dancyg trabalhava no Yad Vashem, Memorial do Holocausto, em Jerusalém, onde treinou milhares de guias.
Alguns reféns que estiveram com ele disseram que Dancyg dava palestras de história durante o tempo em que esteve em cativeiro, segundo a ONG.
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“Yagev e Alex foram levados com vida e deveriam ter retornado vivos para suas famílias e seu país”, afirmou a instituição. “Sua morte em cativeiro é um reflexo trágico das consequências da demora nas negociações.”
O ataque contra Israel
Em 7 de outubro, terroristas do Hamas sequestraram 251 reféns, dos quais 116 ainda estão em Gaza. Desses, 44 morreram.
Também nesta segunda-feira, o Exército israelense ordenou a retirada de parte dos habitantes de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, antes de uma “operação intensiva contra organizações terroristas”.
“Em razão das atividades terroristas e disparos de foguetes em direção a Israel da parte oriental da ‘zona humanitária’, é perigoso permanecer lá”, afirmou o Exército de Israel, em comunicado.
Segundo as autoridades, os moradores dos bairros do leste de Khan Yunis devem se deslocar para o oeste, na zona costeira de Gaza. As forças israelenses chamam o local de “zona humanitária” de Al Mawasi.
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