A Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a denunciar o morticínio promovido pelas forças de segurança de Mianmar. Ontem, sábado 27, pelo menos 114 pessoas foram mortas durante manifestações em 44 vilas e cidades em todo o país, de acordo com informações da agência de notícias independente Myanmar Now. Foi dia mais sangrento de protestos desde o golpe militar no mês passado. O Relator Especial da ONU para os direitos humanos em Mianmar, Tom Andrews, disse que é hora de “uma ação robusta e coordenada”, já que “palavras não são suficientes” para proteger a vida das pessoas. “Palavras de condenação ou preocupação estão francamente soando vazias para o povo de Mianmar enquanto a junta militar comete assassinatos em massa contra eles”, disse o porta-voz. “O povo de Mianmar precisa do apoio mundial”, concluiu. De acordo com a última contagem da Associação de Assistência para Prisioneiros Políticos, pelo menos 423 pessoas foram mortas no país desde o golpe militar de 1º de fevereiro.
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Com o apoio da China.
Banalizaram esse termo genocídio. Antigamente a definição costumava ser “assassinato em massa tendo como vítimas pessoas de determinada etnia”. Agora virou apenas um insulto ou uma figura de retórica.