Autoridades internacionais cobram uma investigação sobre o caso; Kremlin nega envolvimento
O líder da oposição russa Alexei Navalny recebeu alta médica na quarta-feira, 23, do hospital universitário de La Charité, em Berlim, onde era tratado após ter sido envenenado pela substância novichok.
Ele estava internado desde 22 de agosto – foram 32 dias no hospital, sendo 24 na UTI. Ainda na quarta, o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, disse que o opositor “está livre para voltar ao país”.
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Em um comunicado, a equipe médica que tratou do dissidente disse estar otimista quanto a sua recuperação total, mas advertiu que ele poderá ter sequelas.
Navalny havia sido transferido vindo de um hospital na cidade de Omsk, na Sibéria, onde deu entrada após desmaiar durante um voo.
O governo alemão confirmou no início do mês que ele havia sido envenenado – a substância foi desenvolvida por cientistas da antiga União Soviética para fins militares. A Rússia rejeita a acusação.
Na quarta, a Rússia anunciou uma ampliação na lista de funcionários da União Europeia que estão impedidos de entrar no país.
Segundo a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, a medida é uma reação contra uma “campanha de desinformação em torno do cidadão russo Navalni orquestrada por países ocidentais”.
Com informações do Estadão Conteúdo