Oscar Pistorius, ex-astro paralímpico sul-africano, de 37 anos, foi libertado sob condicional nesta sexta-feira, 5, quase 11 anos depois de assassinar a namorada, a modelo Reeva Steenkamp.
Em sua carreira, foi apelidado de “Blade Runner” (‘corredor de lâmina’, em tradução livre)” por usar próteses de pernas de fibra de carbono. Em 2013, no Dia dos Namorados internacional (14 de fevereiro), Pistorius atirou em Reeva, na época com 29 anos, através de uma porta de banheiro, e a matou.
No tribunal, Oscar Pistorius afirmou que confundiu Reeva Steenkamp com um intruso em sua casa em Pretória, capital executiva do país. Ele lançou vários recursos contra sua condenação com base no argumento, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Mãe de Reeva Steenkamp diz que a família da modelo é quem vive em “prisão perpétua”
“O Departamento de Serviços Correcionais pode confirmar que Oscar Pistorius é um liberado condicional, efetivamente a partir de 5 de janeiro de 2024”, disse o departamento de prisões da África do Sul. “Ele foi admitido no sistema de Correções Comunitárias e agora está em casa.”
Em um comunicado da família Steenkam, a mãe de Reeva, June, disse que “nunca poderá haver justiça se o seu ente querido nunca mais voltar” e que “nenhum tempo de prisão trará Reeva de volta”.
“Nós, que ficamos para trás, somos os que cumprimos pena de prisão perpétua”, disse ainda June Steenkamp. A mãe da modelo também disse que seu único desejo era poder ficar em paz agora que Pistorius vive em liberdade condicional.
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Oscar Pistorius ficou sete meses detido em casa antes de ser condenado pelo assassinato. Na prisão, ele ficou cerca de oito anos e meio. Em novembro de 2023, depois de cumprir mais da metade de sua sentença, um conselho de liberdade condicional decidiu que o atleta poderia ser libertado.
O assassino também será vigiado por um oficial de monitoramento até o fim da sentença, em dezembro de 2029. Ele deve informar à Justiça se busca oportunidades de emprego ou muda de endereço. Também deve continuar a terapia de controle de raiva e participar de sessões sobre violência de gênero.