O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, condenou nesta terça-feira, 17, os abusos cometidos pelo grupo extremista Talibã, no Afeganistão. O ajuntamento de radicais tomou conta do país depois da retirada das tropas norte-americanas por ordens do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Segundo Stoltenberg, o órgão está reunido para discutir saídas que ajudem a amenizar a crise no país oriental.
“Os aliados da Otan estão profundamente preocupados com os altos níveis de violência causados pela ofensiva do Talibã, incluindo ataques a civis, assassinatos seletivos, entre outros”, informou Stoltenberg, em nota emitida na manhã de hoje. “O Talibã precisa entender que não será reconhecido pela comunidade internacional, se tomar o país à força”, acrescentou o diplomata. “Nosso objetivo continua sendo apoiar o governo e as forças afegãs.”
Stoltenberg antecipou que os membros da Otan defendem manter representações diplomáticas na capital Cabul, de modo a prestar assistência a vítimas de violações de direitos humanos, bem como negociar com o próximo governo. “Continuaremos a nos ajustar conforme necessário”, ressaltou Stoltenberg, no documento. Segundo noticiou a Revista Oeste, Biden dobrou a aposta e disse não se arrepender de ter retirado os militares do Afeganistão.
Leia também: “A tragédia do Afeganistão envergonha o Ocidente”, artigo publicado na Edição 73 da Revista Oeste