O Reino Unido está revisando uma série de medicamentos usados para diabetes e tratamento para perda de peso.
A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) informou que pacientes relataram pensamentos suicidas ou de automutilação após a utilização dos remédios.
Essa revisão inclui o Ozempic, da farmacêutica Novo Nordisk, que contém o ingrediente ativo semaglutida e é aprovado para tratar diabetes tipo 2.
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A farmacêutica informou à agência de notícias Reuters que foi notificada sobre as análises. “A revisão está em andamento e uma resposta será fornecida dentro dos prazos solicitados”, afirmou em comunicado.
Outro medicamente incluído na revisão é o Bydureon, da AstraZeneca, para diabetes tipo 2. Além dele, há outros dois remédios: o Lixisenatido, da Sanofi, e o Dulaglutido, da Eli Lilly.
Revisão da agência
A MHRA explicou que a revisão foi iniciada em 12 de julho, porém, ainda não há prazo para o estudo ser concluído. A revisão está considerando dados de segurança, incluindo reações adversas a medicamentos relatados por pacientes e médicos ao MHRA.
A MHRA disse ainda em seu comunicado que, embora Ozempic não tenha sido aprovado para perda de peso, “é comumente usado off-label para esse fim”. O off-label é o uso de remédios que não seguem as indicações homologadas para aquele fim.
Entre 2020 e julho deste ano, a MHRA recebeu cinco notificações de suspeitas de reações adversas a medicamentos envolvendo semaglutida associadas a “comportamento suicida e autolesivo”.
Relação entre os remédios
Todos os medicamentos têm em comum o GLP-1, um hormônio que é produzido pelo intestino, liberado na presença de glicose, e que sinaliza ao cérebro que a pessoa está alimentada, promovendo a sensação de saciedade.
Inicialmente, os análogos de GLP-1 foram desenvolvidos para tratar o diabetes tipo 2. No entanto, em várias partes do mundo, os medicamentos com a substância análoga é usada para perda de peso.
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