O Panamá, país que fica entre as Américas do Sul e do Norte, vive há quase um mês uma onda de protestos intensos por conta da disparada do valor dos combustíveis.
O governo do país, cuja economia tinha o crescimento mais veloz da América Latina, tenta acordo com sindicatos e organizações sociais, que exigem redução de preços.
Quase todos os acessos à Cidade do Panamá foram bloqueados pelos manifestantes, e foram reportados novos bloqueios na rodovia Pan-Americana, que liga o Panamá à Costa Rica, e é chave para o comércio e transporte de mercadorias por todo o país.
Na quarta-feira 20, policiais e manifestantes se enfrentaram em Santiago de Veráguas, cidade na região central do país, depois que as negociações entre o governo e sindicatos fracassaram.
https://twitter.com/_yanfred/status/1550120673879633924
Esta semana, o presidente do Panamá, Laurentino Cortizo (do Partido Revolucionário Democrático), anunciou congelamento temporário no preço dos combustíveis (em US$ 3,25 por galão de 3,7 litros — o equivalente a R$ 4,70 o litro) e redução do custo de alguns remédios, mas os manifestantes afirmaram que as medidas não são suficientes e disseram que continuarão com os protestos.
Panamá arde en las calles, no hay escándalo. Más de dos semanas de prostestas, se escondieron los artistas y organismos internacionales porque no se trata de Venezuela. https://t.co/dRhHVM9MjS
— Vanessa Ortiz (@VanessaOrtizz) July 21, 2022
Os manifestantes exigem uma única mesa de diálogo com o governo para negociar não apenas os combustíveis, mas também a redução imediata do custo de alimentos e remédios, que tiveram uma forte escalada de preços nos últimos meses no país.
Más de 200 camiones articulados, que conforman el corredor humanitario para el transporte de alimentos agrícolas hacia Panamá, continúan detenidos a la altura de Horconcitos. Vía @ProtegeryServir #RadioPanama pic.twitter.com/iQ5n8HyWo5
— Radio Panamá (@radiopanama) July 20, 2022
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Salve o presidente Bolsonaro. Bolsonaro reeleito.