Pela primeira vez, o papa Francisco nomeou três mulheres, sendo duas freiras e uma leiga que trabalha como advogada, para fazer parte do comitê consultivo responsável por aconselhar o pontífice na escolha dos bispos do mundo.
Ao todo, o comitê conta com 14 postos, que eram anteriormente exclusivos para homens. A decisão é vista como um passo a mais para aumentar a participação feminina na Santa Sé. “Estou aberto para que seja dada a oportunidade”, afirmou o papa Francisco, em entrevista à agência Reuters.
A irmã italiana Raffaella Petrini, secretária-geral da Cidade do Vaticano, a irmã francesa Yvonne Reungoat, chefe da Filhas de Maria Auxiliadora, ordem religiosa de mulheres católicas, e a leiga Maria Lia Zervino, presidente da União Mundial das Organizações de Mulheres Católicas, foram as escolhidas para participar do comitê consultivo.
Ampliação feminina na igreja
No ano passado, o papa Francisco também indicou outras mulheres para cargos de alto nível no Vaticano. Além de entregar o segundo cargo mais poderoso para a irmã Raffaella Petrini, a irmã Nathalie Becquart se tornou a subsecretária do Sínodo dos Bispos — assembleia periódica dos bispos da Igreja Católica.
Acompanhada delas, as irmãs Alessandra Smerilli e Carmen Ros Norten ocupam agora, respectivamente, os cargos de vice-presidente do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e subsecretária do Dicastério para os religiosos da fé católica.