Manifestantes bloquearam a Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai no início da semana, depois do anúncio do aumento nos combustíveis no Paraguai. O governo paraguaio justificou a alta nos preços devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O bloqueio foi organizado por representantes de associações, sindicatos, caminhoneiros, moto taxistas, entregadores e motoristas de aplicativo paraguaios que são contrários ao aumento dos combustíveis. A gasolina mais barata no país vizinho custa R$ 5,37.
Na terça-feira 15 o presidente da Petróleos Paraguaios (Petropar), Denis Lichi, disse ser “complicado conseguir uma redução nos preços dos combustíveis” e defendeu uma estabilização como alternativa.
“Hoje é muito complicado falar em redução de preços em nível nacional”, declarou Lichi, depois de uma reunião entre delegados do governo e um grupo de senadores, para em seguida defender a “estabilização de preços” para fornecer previsibilidade para cálculos de frete e outros custos.
O presidente da Petropar destacou ainda que a estatal manterá o custo dos combustíveis durante os meses de março e abril. Isso não inclui, no entanto, combustíveis comercializados por empresas privadas que podem definir livremente o valor.
Além disso, Lichi frisou que eles ofereceram um desconto de ₲ 400 (cerca de US$ 0,05) no valor do litro de combustível que caminhoneiros, taxistas, motociclistas e outros setores compram da estatal. Mas indicou que os manifestantes propuseram a transferência deste benefício para todos os cidadãos, com um desconto de ₲ 250 (US$ 0,03) por litro.
A reunião aconteceu em meio ao segundo dia de protestos e bloqueios em diferentes estradas do país, que afetam especialmente duas rotas que ligam Assunção a Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, e Encarnación, na fronteira com a Argentina.
A diferença de preços pode ser em função dos impostos.
De quem que o Paraguai compra petróleo, se a gasolina lá é quase metade do preço na bomba do Brasil?