Estudo da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, mostra que adultos com mais de 40 anos de idade que têm pesadelos frequentes são mais propensos a sofrer de demência, em comparação com os que não têm pesadelos regularmente. A descoberta foi publicada na quarta-feira 21 na revista eClinicalMedicine.
Os cientistas acreditam que os pesadelos podem ser uma consequência da neurodegeneração do lobo frontal direito, localizado na parte da frente do cérebro. A descoberta pode ajudar médicos e pacientes a identificarem a doença ainda nos estágios iniciais, o que poderá contribuir com estratégias para retardar a progressão do problema e o aparecimento de sinais mais severos.
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“Pouquíssimos indicadores de risco para demência podem ser identificados na meia-idade”, disse o neurologista Abidemi Otaiku, principal autor do estudo. “Embora mais trabalhos precisem ser feitos para confirmar essas ligações, acreditamos que os pesadelos podem ser uma maneira útil de identificar indivíduos de alto risco.”
A pesquisa, que contou com a participação de 3,2 mil pessoas, dividiu-se em duas partes. Na primeira etapa, 605 adultos sem demência, com idades entre 35 e 65 anos, foram acompanhados durante nove anos. Os voluntários realizaram um teste de memória no início do estudo e outro ao fim dele e preencheram questionários sobre seus padrões de sono.
As informações foram usadas para medir o declínio cognitivo, um processo natural do envelhecimento. Quando esse processo ocorre mais rapidamente, no entanto, pode ser um sinal de demência.
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A segunda etapa do estudo acompanhou 2,6 mil idosos com mais de 80 anos de idade ao longo de cinco anos. Os pesquisadores solicitaram que os voluntários descrevessem a frequência com que tinham pesadelos. Nenhum deles apresentava demência no início da pesquisa.
Os cientistas descobriram que os adultos de meia-idade que tiveram ao menos dois pesadelos por semana eram quatro vezes mais propensos a sofrer um declínio cognitivo significativo ao longo dos anos, quando comparados aos que não tiveram pesadelos. Para os idosos com mais de 80 anos, o risco de receber o diagnóstico de demência era apenas duas vezes maior.
Outro dia sonhei que estava em Cuba. Seria um pesadelo?
É possível.
Isso sim é uma pesquisa significativa de uma universidade e com um possível bem direto aos seus mantenedores. Se fosse aqui, no Brasil, da sociedade pagadora de impostos que as bancam compulsoriamente.