Um dia depois de autorizar a pílula contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer, a Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória sanitária dos Estados Unidos, aprovou nesta quinta-feira, 23, o uso emergencial do molnupiravir, comprimido feito pela Merck.
A pílula é indicada para adultos que tenham testado positivo para a covid-19 a apresentem elevado risco de evolução para casos graves da doença. O medicamento também é recomendado para pacientes que não tenham acesso a outros tratamentos autorizados pelo FDA.
“Como novas variantes do vírus continuam a surgir, é crucial expandir o arsenal de terapias contra a covid-19 usando autorização de uso de emergência, enquanto continuamos a gerar dados adicionais sobre sua segurança e eficácia”, afirmou Patrizia Cavazzoni, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos do FDA.
No entanto, a pílula da Merck não é indicada a pacientes menores de 18 anos. Também não é recomendada como prevenção devido à pré-exposição ou pós-exposição à covid-19, nem para pacientes que já foram hospitalizados.
Segundo estudos preliminares, a pílula antiviral da Merck diminuiu as hospitalizações e mortes envolvendo pacientes de alto risco em 30%.
A eficácia da pílula da Pfizer aprovada ontem pelo FDA é maior: cerca de 90% contra a covid-19, na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes com alto risco, segundo a farmacêutica. Dados preliminares apontam que a droga mantém a mesma efetividade contra a variante Ômicron do coronavírus.
No estudo desenvolvido pela Pfizer, ninguém que recebeu o tratamento morreu, em comparação com as 12 mortes registradas entre aqueles que receberam placebo.