O maior país do mundo sofre com a crise econômica e com a pandemia do coronavírus
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está tendo o seu índice de aprovação mais baixo em 20 anos, apontou o mais prestigiado centro de pesquisas independente do país, o Levada Center. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira, 6.
No mês de abril, Putin contava com a aprovação de 59% dos russos. Essa aprovação era de 63% em março e de 70% em outubro do ano passado. Em março de 2014, quando a Russia anexou o território ucraniano da Crimeia, o índice de aprovação chegou a 90%.
No poder desde o ano 200, Putin pretende ficar na presidência até pelo menos 2036. Para isso, a medida, que já foi aprovado na Duma, o Parlamento Russo, precisa passar por um referendo, que foi adiado em função do coronavírus.
A crise na Rússia
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a queda da popularidade pode ser explicada pelo avanço da pandemia do coronavírus no país. Ontem a Rússia virou o quinto país da Europa com mais casos, 165.929 pessoas contaminadas. Ele também é o sexto país do mundo com mais casos, conforme lista feita pela Agência AFP.
Também na quarta, a Rússia se tornou o quinto país da Europa mais afetado pelo coronavírus, depois de registrar mais de 10 mil novos casos de contágio pelo quarto dia consecutivo. De acordo com os números oficiais, o país registrou 10.559 novos casos nas últimas 24 horas e alcançou o total de 165.929 pessoas contaminadas.
O governo russo reconhece apenas 1.537 mortos, uma taxa de mortalidade considerada baixa, mas os números são questionados pela comunidade internacional. O país alega que o sistema de saúde preparado e a testagem em massa são os responsáveis por isso.
Os russos, porém, estão sofrendo mesmo é com as consequências econômicas da pandemia, em um país que já sofria com sanções internacionais e com a queda do preço internacional do petróleo. Embora o governo tenha prometido apoiar pequenos e médios empresários e trabalhadores, a ajuda ainda não chegou.
Enquanto isso, o governo afirma que deve impor mais restrições à população e aumentar o confinamento para deter a pandemia.