Por causa de um defeito técnico, o astronauta Frank Rubio, filho de salvadorenhos, tornou-se o norte-americano que mais tempo ficou no espaço.
Ele partiu em uma missão que, inicialmente, deveria durar seis meses. No entanto, problemas na Estação Espacial Internacional (ISS) o mantiveram por 371 dias, mais de um ano, em órbita.
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Além de Rubio, estavam na ISS dois astronautas russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin. Todos eles viajaram na nave espacial Soiuz MS-23. Eles retornaram junto de Rubio, depois de permanecerem em órbita pelo mesmo período. Eles aterissaram no Cazaquistão na quarta-feira 27.
A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) informou que eles viajaram 253,3 milhões de quilômetros e completaram 5.963 órbitas da Terra.
Furo que quebrou o sistema de refrigeração da nave obrigou astronautas a ficarem na estação espacial
Prokopyev e Petelin, no entanto, não quebraram o recorde no país deles, porque o maior tempo de permanência de um astronauta russo, também recorde mundial, é de 438 dias.
Essa marca foi alcançada por Valery Polyakov, na Estação Espacial Mir, entre janeiro de 1994 e março de 1995.
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Os cosmonautas partiram em 21 de setembro do ano passado na nave Soyuz MS-22. No entanto, um minúsculo furo na nave quebrou o circuito externo de refrigeração dela. A segurança dos astronautas ficou em risco.
Em março, a Nasa enviou à estação a nave espacial Soyuz MS-23, para possibilitar que os três retornassem. Os responsáveis pela missão, no entanto, determinaram que eles só voltariam depois da chegada de uma nova equipe de astronautas. A missão foi realizada em conjunto pela agência norte-americana e a Roscosmos, a equivalente russa.
Somente no dia 15 deste mês a Soyuz MS-24 transportou o astronauta norte-americano Loral O’Hara e os cosmonautas russos Oleg Kononenko e Nikolai Chub para a Estação Espacial.