Essa é a mensagem que fica com mais protestos realizados no território
Não, o povo de Hong Kong não quer se ver obrigado a ter de responder diretamente ao governo central de Pequim. Não quer, sobretudo, ter de lidar com o regime comunista que impera na China continental. Essa é a mensagem que fica com mais uma série de protestos realizada ontem no território.
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O movimento, aliás, já ficou marcado por um nome peculiar: atos pró-democracia. Atos que, a saber, completaram um ano nesta semana. Ou seja: desde junho de 2019, a população de Hong Kong sê vê no direito de protestar contra o governo comunista chinês. Direito que, contudo, não existe para quem vive em solo sob a jurisdição direta do regime de Pequim.
Primeiramente, a onda de protestos promovida pelo povo de Hong Kong se levantou diante da possibilidade de um projeto vindo da China. A proposta, que permitiria o envio de honcongueses suspeitos de cometer crimes para a parte continental chinesa, não avançou desde então.
Outra ideia de lei, outros protestos
Enquanto a questão de envio de suspeitos para a China continental não prosperou, outro projeto agitou os ânimos locais. Isso porque o governo comunista de Pequim deseja implementar uma lei de segurança nacional na região. Para algumas autoridades mundiais, Hong Kong perderá o status de região administrativa especial caso a lei seja aprovada. É o que pensa, por exemplo, o secretário de Estado norte-americano, Myke Pompeo, conforme registrou Oeste.
“Telefones celulares como velas, pedindo pela independência”
Diante de tal situação, o povo de Hong Kong tem novamente ocupado as ruas. De acordo com a agência de notícias japonesa NHK, centenas de pessoas se uniram em protestos realizados na noite de terça-feira na ilha. “Elas usaram seus telefones celulares como velas, pedindo pela independência do território”, informa a agência.
Os protestos desta semana ocorreram mesmo após pedido da chefe-executiva do governo de Hong Kong, Carrie Lam. Em entrevista coletiva, ela clamou à população que cooperasse com o que ela definiu como ação para restabelecer a ordem social na região. A solicitação, entretanto, parece não ter sido atendida. Afinal, os moradores de Hong Kong alertaram mais uma vez a governante local e o mundo todo de que não querem se ver obrigados a ter de responder a um regime comunista.
Reunião do Congresso
As manifestações de ontem resultaram na prisão de 53 pessoas. Essa, contudo, pode não ser a pior notícia para quem é de Hong Kong. Afinal, a agência de notícias controlada pelo governo comunista de Pequim avisou que o “Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo” tem reunião marcada para os dias 18, 19 e 20 de junho. A lei de segurança nacional pode ser aprovada nesse encontro.
Lamento pela população de Hong Kong, pois a idéia de perder a sua liberdade para um regime comunista deve ser assustadora.