A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, prometeu no sábado 8 avançar com um novo referendo sobre a independência do Reino Unido. A declaração foi dada logo após seu partido, o Nacional Escocês, ampliar a participação no Parlamento local, elegendo 64 deputados, um a menos do necessário para a maioria absoluta de 129 cadeiras.
Com o apoio dos aliados, Sturgeon manterá o controle do Legislativo. O Partido Verde, também a favor da separação do Reino Unido, conquistou 8 cadeiras, representando uma maioria a favor da independência, enquanto os conservadores do primeiro-ministro britânico Boris Johnson alcançaram a segunda posição, com 31 parlamentares.
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“O povo da Escócia votou para dar aos partidos pró-independência uma maioria no Parlamento escocês”, disse a premiê. Ela acrescentou “não há justificativa democrática para Boris Johnson, ou quem quer que seja, tentar bloquear o direito do povo escocês de escolher seu próprio futuro”, afirmou em discurso.
Johnson parabenizou Sturgeon por sua vitória nas eleições locais e a convidou para uma reunião com o governo britânico para tratar de “desafios comuns”, como a recuperação após a pandemia. O Partido Nacional Escocês pretende convocar um novo referendo até 2023, mas depende da aprovação de Johnson, que é contra a ideia e já indicou que neste momento de pandemia a discussão sobre um referendo é “inoportuna”.
O rompimento da união de 314 anos com a Inglaterra divide os escoceses. Mas o Brexit azedou a relação entre os dois lados da fronteira – a saída do Reino Unido da União Europeia foi rejeitada por quase dois terços dos eleitores da Escócia.
Com informações do Estadão Conteúdo
Se fosse para ficar independente… Mas parece que é para sair das garras de um poder para a de um poder maior …vassalagem pura!