O governo de El Salvador pôs militares nas ruas nesta sexta-feira, 12, de maneira extraordinária, em uma medida apontada como resposta à mais recente onda de assassinatos no país.
“Colocamos a nossa Polícia Nacional Civil e nossas Forças Armadas para combater a alta de homicídios vista nas últimas 48 horas”, anunciou, em comunicado nas redes sociais, o presidente Nayib Bukele.
De acordo com o governo, foram registrados mais de 30 homicídios, entre a terça-feira 10 e a quarta-feira 11, muito acima da média de duas mortes diárias vistas ao longo do mandato de Bukele, no poder desde 2019.
“Os que criticam a medida não sabem quanto é difícil ir para o perigo, em plena madrugada, arriscando a vida para proteger os outros”, escreveu o presidente, prometendo ainda anunciar mais medidas nas próximas horas.
Em agosto, um artigo do jornal local El Faro informou que a queda nos números da violência desde a chegada de Bukele ao poder era fruto de um acordo entre o governo e líderes de gangues.
O presidente chamou a história de farsa, mas analistas e opositores dizem que o crescimento no número de homicídios pode ser sinal de que a trégua foi desfeita.